Adriano “O Perigoso Pacifista” vive agora em banda desenhada
O Centro Artístico, Cultural e Desportivo Adriano Correia de Oliveira de Avintes uniu-se a um grupo de amigos e de personalidades da vida política e cultural para celebrar os 80 anos do nascimento de Adriano. Uma das iniciativas passa pela edição de um livro de banda desenhada acompanhado por um CD.
“O Perigoso Pacifista – Episódios da vida de Adriano Correia de Oliveira”, foi apresentado na Biblioteca da Casa Municipal da Cultura, em Coimbra, no âmbito do Coimbra BD, no último domingo, dia 27 de março.
A obra não pretende ser uma biografia e sim dar “uma visão do ser humano e do companheiro” que era Adriano. Está também prevista a edição de um CD com sete músicas cantadas por Adriano Correia de Oliveira. João Mascarenhas, coautor com Paulo Vaz de Carvalho, contou à RUC a origem do título do livro.
De conversas com pessoas como José Cid e Rui Pato, que conviveram com Adriano em Coimbra, resultou o trabalho de equipa de João Mascarenhas e Paulo Vaz de Carvalho. Adriano tinha “imenso humor” e “gostava de levar sempre uma recordação dos sítios onde ia”. Há muitas histórias “recambolescas” que segundo Rui Pato dariam para mais de um livro.
Um dia Adriano foi convidado com Bernardino Soares, António Portugal e Rui Pato para atuarem na inauguração da FNAT na Foz do Arelho. Na sala de ensaios estavam três estatuetas de loiça das Caldas, o Adriano meteu-as no saco da viola. Acontece que os objetos eram para oferecer ao ministro, Gonçalves Proença que ia estar na cerimónia. O coautor d’ “O Perigoso Pacifista” conta-nos a primeira parte do ocorrido.
A história não ficou por aqui e repetiu-se nessa mesma noite, nas Caldas da Rainha, na tentativa de levar um prato das Caldas colado numa varanda, com os estudantes a fugirem, outra vez, rumo a Coimbra, após a chegada da comitiva do ministro. Esta é apenas uma das muitas histórias contadas por Rui Pato aos autores.
De acordo com João Mascarenhas, antigo da Real República Ay Ó Linda, o livro vai estar disponível na primeira quinzena de Abril para o público em geral. Está também prevista uma nova apresentação da obra em Coimbra, por altura da Feira do Livro.
O autor formou-se na Universidade de Coimbra. Na atualidade vive em Lisboa e “mantém a ligação” à cidade.
Decorre também, desde outubro do ano passado, uma petição pública pela “classificação da obra de Adriano Correia de Oliveira como obra de interesse nacional”.
Durante um ano, até Abril de 2023, vão desenrolar-se as celebrações do nascimento de Adriano Correia de Oliveira. Segundo João Mascarenhas, uma das iniciativas vai passar por uma maratona de rádios nas quais a Rádio Universidade de Coimbra também foi convidada a participar.
Fotografias: CMC e Isabel Simões