Instituições unidas para a promoção da saúde mental
No passado dia 24 de Março foi assinado um protocolo de cooperação com vista à promoção da saúde mental e do bem-estar no seio da comunidade académica. O documento contou com a assinatura da Universidade de Coimbra (UC), da Administração Regional de Saúde do Centro (ARS Centro) e da própria Associação Académica (AAC), através da presença de António Figueiredo, vice-reitor para o Desporto, Qualidade e Serviço de Ação Social, de Rosa Reis Marques, presidente da ARS Centro e de Daniel Aragão, vice-presidente da Direção-Geral da AAC (DG/AAC).
Relembre-se que nesta data também foi celebrado o Dia Nacional do Estudante, motivo pelo qual as diferentes instituições se envolveram no projeto, com vista a realçar a preocupação da comunidade académica com o tema da saúde mental. Entendem que é necessária uma ação mais diversificada na abordagem deste assunto tão presente na atualidade, desenhando estratégias de apoio a estudantes em situação de stress psicossocial.
Em entrevista à Rádio Universidade de Coimbra (RUC), Daniel Aragão e Filipa Lima, vice-presidente e coordenadora-geral do pelouro de intervenção cívica e voluntariado da DG/AAC, respetivamente, aprofundaram as metas do projeto, bem como a forma de atuação dos órgãos envolvidos, explicando de que forma foi pensada esta cooperação.
Em nome do pelouro de intervenção cívica e de voluntariado, foi assumido o compromisso de desenvolver ações de formação, estudo e sensibilização para a temática da saúde mental, estabelecendo-se o objetivo de antecipar situações de doença ou mal-estar, de forma a que a comunidade académica possa prevenir este tipo de problemáticas, reforçando e diversificando as formas de apoiar os mais de 25 mil alunos.
Filipa Lima entende que, em primeiro lugar, é necessário verificar e avaliar o compromisso já existente e a estrutura da Associação Académica para a resolução das problemáticas associadas à saúde mental, de forma a que seja possível preencher lacunas e responder às exigências constantes e cada vez mais reivindicativas por parte dos jovens.
Daniel Aragão afirma que, com toda a mutação e manutenção da situação pandémica, que se tem vivido ao longo dos últimos dois anos, para além da recente iminência de um conflito armado em larga escala no continente europeu, tem-se vindo a assistir a uma intensificação das preocupações e das crises psicossociais no seio estudantil, generalizando-se um certo alarmismo social.
O vice-presidente da direção-geral refere o facto deste projeto já ter sido pensado, estudado e lançado por Cesário Silva, dado que a saúde mental é uma área de grande relevância, prioritária para a Associação Académica, tornando-se imperativo continuar a desenvolver e a adaptar esta cooperação.
Imagem: Jornal O Globo