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Carlos Fiolhais: “Se não perguntarem o que é o tempo, eu sei dizer o que é.”

Divulgador de cultura e ciência em Portugal, investigador e professor de Física Teórica com inúmeros artigos e livros publicados, Carlos Fiolhais foi o convidado para falar sobre “O Tempo cronológico”, a sua definição, perceção e aplicação nas nossas vidas.

No âmbito das comemorações dos 36 anos da Rádio Universidade de Coimbra (RUC) são realizadas várias iniciativas com o ‘Tempo’ como tema central. No primeiro momento da “Dose de Conversas” do 36º aniversário, a conversa sobre “O tempo cronológico”, o professor Catedrático Jubilado da Universidade de Coimbra, Carlos Fiolhais, começou por afirma que o tempo é um grande mistério, até para os físicos. Não obstante, e apesar das dúvidas e hipóteses, o conhecimento até agora permite afirmar que o tempo existe e é unidirecional.

“De facto, o tempo existe, ou se quiser ser cuidadoso, parece que existe.”

Durante a conversa com o físico, foram enumerados os relógios naturais pelos quais os seres humanos se podiam guiar, mesmo antes da existência de relógios tal como os conhecemos hoje em dia. Reportou-se à evolução do conhecimento humano sobre a rotação da terra, com a representação do dia, sobre a rotação da terra à volta do sol, que representa o ano, sobre os meses com as luas cheias, bem como a visibilidade de diferentes estrelas ao longo do ano. Com o avançar da ciência e da técnica, os humanos puderam calcular a idade do planeta Terra com os minerais radioativos, e a idade das estrelas com o rácio de átomos de hidrogénio e hélio.

“Pelo nosso ADN conseguimos perceber que somos apenas um ramo da árvore da vida.”

O investigador elucidou também a teoria da relatividade de Albert Einstein. Segundo o próprio, a teoria que explica como o tempo e espaço são alterados na presença de massa, também é utilizada para descrever a criação do universo. Na primeira conversa especial do 36º aniversário da RUC, houve ainda tempo para falar sobre Platão e a forma como os físicos são filósofos por natureza, de como a música e a matemática estão interligados pelo tempo, da revolução industrial com o avanço do estudo da termodinâmica e da inevitabilidade do tempo ser irreversível.

“A ciência não vem da imaginação do Homem. A ciência é a grande confrontação do Homem com o mundo.”

A conversa sobre “O Tempo cronológico” com Carlos Fiolhais está disponível através do habitual ‘podcast’ no topo da publicação.

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