Oposição critica destituição de Celeste Amaro

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), José Manuel Silva, informou ontem que Celeste Amaro, a antiga Diretora Regional de Cultura do Centro, nomeada para o cargo há apenas uma semana, deixou de ser responsável pela programação do Convento São Francisco (CSF). O autarca justificou a decisão com a falta de “integração em torno dos elementos da equipa”.

Manuel Rocha, músico, professor de música, membro do grupo de trabalho da candidatura Coimbra Capital Europeia da Cultura 2027 e candidato pelo PCP às últimas eleições legislativas, comentou para a RUC esta notícia. Para o músico, esta saída é uma boa notícia pois “Celeste Amaro é um nome que não servia para esta função”.

Mas, para Manuel Rocha, o problema vai além de Celeste Amaro. É preciso definir um modelo de gestão para o Convento São Francisco.

O membro do grupo de trabalho da candidatura Coimbra Capital Europeia da Cultura 2027 considera necessário preservar a natureza pública do equipamento cultural.

Carina Gomes, vereadora com o pelouro da cultura no anterior executivo camarário, considera a situação pouco feliz para todos os envolvidos, especialmente para Celeste Amaro. Carina Gomes considera que a situação foi mal explicada desde início

A anterior vereadora considera que este não é um caso isolado, mas apenas “um dos muitos episódios que demonstram a falta de ideias do presidente da CMC” para o equipamento cultural camarário.

Como outro exemplo, Carina Gomes referiu a situação da Companhia Paulo Ribeiro. A ex-vereadora elogiou a vinda da companhia para Coimbra (processo iniciado na sua gestão), mas criticou a decisão de a tornar companhia residente do Convento São Francisco, o que considera que vai condicionar a sua ação. Para Carina Gomes, há uma conclusão a retirar deste episódio.

Após a destituição de Celeste Amaro, ainda não há informação acerca de quem a vai substituir nas suas funções.