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08.03.2022POR Matilde Sabino

Marcha do Dia Internacional da Mulher reúne mais de uma centena de pessoas em Coimbra

A luta contra o machismo, o femicídio, a extrema-direita e a disparidade salarial entre homem e mulher foram algumas das razões que levaram mais de uma centena de pessoas a manifestar na cidade de Coimbra.

No dia 8 de março decorreu uma Marcha no âmbito do Dia Internacional das Mulheres organizada pela Rede 8 de Março e pela Brigada Fernanda Mateus. A iniciativa teve início na Praça 8 de maio e acabou na Praça da República.

A Rádio Universidade de Coimbra entrevistou os membros das associações organizadoras. Leonor Silva, membro da rede 8 de Março e da Brigada Fernanda Mateus, relembrou a importância de haver estas manifestações visto que são a materialização da luta de todos os dias e de mostrar o feminismo na rua às pessoas e às instituições, num dia que celebra acontecimentos históricos para as mulheres.

 

O evento contou com mais de 100 manifestantes, que incluíram membros da Direção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) e de Núcleos da Associação Académica de Coimbra (AAC). Este número correspondeu às expetativas das organizadoras relativamente ao número de participantes, nomeadamente à comparência dos jovens, cada vez mais sensíveis a esta questão, de acordo com Mariana Dias, membro da rede 8 de Março e da Brigada Fernanda Mateus.

A Tuna “As Mondeguinas” esteve presente na manifestação a convite da organização e, já no fim do evento, teve a oportunidade de alegrar as pessoas presentes com a interpretação das suas musicas. Em declarações à Rádio Universidade de Coimbra, representante da tuna afirmou ser importante estarem presentes para mostrarem a união da mulher quando cantam juntas e realçaram as disparidades entre homem e mulher na academia, especialmente as diferenças entre as tunas masculinas e femininas.

A Secção de Defesa dos Direitos Humanos da Associação Académica de Coimbra (SDDH/AAC) também marcou presença na manifestação. A Rádio Universidade de Coimbra conversou com Bruna Pinho, membro da secção que reforçou a necessidade de sair à rua e que garantiu a presença constante da secção na luta dos direitos humanos e pela igualdade.

Mariana Dias, membro da Rede 8 de março e da Brigada Fernanda Mateus, relembrou a presença de Renata Cambra, na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra no dia 14 de março, às 16h, para falar sobre os perigos da extrema direita e o que provoca nas lutas feministas. A própria porta-voz do partido MAS tem sido alvo de ataques machistas e neo-nazis.

A tarde contou igualmente com Marchas noutras cidades do país, nomeadamente em Lisboa e no Porto.

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