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Ucrânia: O desenrolar do conflito
O conflito na Ucrânia continua a desenrolar-se, após o braço de ferro entre Ocidente e Rússia relativamente à entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Em entrevista à RUC, a professora de Relações Internacionais, Teresa Almeida Cravo, ajuda a desmontar o conflito.
A Rússia entrou, ontem, no território ucraniano, numa ofensiva militar que a docente classifica como inesperada.
Moscovo exigia um congelamento oficial do alargamento da OTAN a Leste, a retirada das tropas ocidentais dos países da Europa oriental e o repatriamento das armas nucleares americanas colocadas na Europa. Estas exigências em forma de ultimato parecem ter provocado a intervenção militar russa na Ucrânia, que viola o direito internacional. A coordenadora da licenciatura em Relações Internacionais condena a atitude de Vladimir Putin, mas avança as causas estruturais que permitem compreender a decisão do executivo russo.
Face à ofensiva russa, a OTAN já avançou que não vai usar força direta na Ucrânia, sendo que o país não faz parte da organização, como explica Teresa Cravo.
De referir que hoje vai haver uma cimeira excecional dos líderes da OTAN, sendo que o secretário-geral afirmou que a organização tem de estar pronta para fazer mais. Existem, ainda, vários países que, a nível individual, estão a enviar armamento e a apoiar financeira e militarmente o exército ucraniano. A investigadora refere que o apoio direto às forças ucranianas pode provocar uma intensificação do conflito.
Ao mesmo tempo, a União Europeia tem posto em prática um conjunto de sanções para enfraquecer o poder económico da oligarquia russa que sustenta Putin, como refere a professora Teresa Cravo.
Contudo, a especialista em Relações Internacionais salienta que existem questões éticas relativas às sanções que devem ser abordadas.
Além disso, as sanções podem ter impactos na economia mundial. O ministro das Finanças, João Leão, afirmou hoje que Portugal pode sofrer as consequências do aumento dos preços do gás.
Face ao escalar da conflito na Ucrânia, a docente Teresa Cravo sublinha a importância de abrir canais de diálogo e apostar na via diplomática.
Vladimir Putin parece querer interromper aquilo que designa como o projeto ocidental de transformação da Ucrânia numa «anti-Rússia». As consequências da ofensiva militar do Kremlin são visíveis, nomeadamente nos milhares de refugiados ucranianos que já saíram do país e tentam fugir à guerra.
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