Miguel Fonseca: “[O Metro Mondego] vai ser uma revolução sem precedentes na história da nossa cidade”
Dia 25 de fevereiro, o vereador da Câmara Municipal de Coimbra, Miguel Fonseca, esteve no Observatório. O comentador falou das várias feiras e mercados da cidade, principalmente dos que sofreram ou vão sofrer obras de requalificação. Passagem ainda pelo encerramento da Estação Nova e a sua requalificação. A conversa seguiu com reflexões acerca do tecido empresarial na cidade e de estratégias de fixação de empresas.
O vereador da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Miguel Fonseca, começou por abordar a questão das feiras e mercados, discutida na última reunião de Câmara. Na reunião, realizada no dia 21 de fevereiro, o vereador referiu as obras de requalificação do espaço da Feira dos 7 e dos 23. O recinto da Feira em Bencanta, Coimbra, foi requalificado para evitar o “lamaçal” que enchia o espaço sempre que chovia. Contudo, o regresso ao recinto depois das obras tem sido marcado por alguns conflitos entre os feirantes por causa dos lugares que ainda não foram marcados, bem como pelas dificuldades dos feirantes em instalar tendas no piso cimentado. O vereador refere que a intenção da Câmara é dotar o espaço da dignidade que lhe poderia faltar, salientando que o período de adaptação às novas condições é normal. A próxima feira no local vai ser realizada no dia 7 de março.
Em relação à feira Norton de Matos, Miguel Fonseca, refere que esta é uma prioridade da CMC. O objetivo do executivo é regulamentar esta feira que tem funcionado em modo de auto-gestão. Neste sentido, os feirantes vão começar a pagar quotas, que devem ser de um valor simbólico ao início.
“Dentro de 100 dias teremos o regulamento perfeitamente em funcionamento e a feira a funcionar com todas as suas valências alimentares e não alimentares”
Além disso, vai ser instalado um quiosque dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra no local da feira, bem como uma zona de descanso. O vereador sublinha ainda que, desde junho, a feira tem um serviço de segurança privado, que vai continuar a existir.
A feira sem regras regressa também à cidade, no dia 1 de abril, junto à Praça da Canção.
“Estamos em condições de no primeiro sábado de abril (…) proceder a essa deslocalização da feira”
O mercado municipal D. Pedro V vai, também, ser palco de mudanças, abrindo uma zona de restauração no início de março. Assim, o mercado vai passar a funcionar também durante o período da noite, encerrando às duas da manhã durante o fim-de-semana. A praça da restauração vai funcionar no piso 1, com doze espaços de restauração diversos, mas explorados pelo mesmo concessionário. Miguel Fonseca refere que esta intervenção podia ter ido mais além, sendo que o projeto vem do executivo anterior.
“Desde o momento que assumimos funções que abraçamos com todo o empenho essa tarefa de revitalizar e dar uma dinâmica completamente diferente ao mercado D. Pedro”
No piso 2, vai existir um restaurante de peixe e marisco com acesso independente. Além disso, Miguel Fonseca adianta que no âmbito da presente estratégia, a Câmara está empenhada em ter outros espaços comerciais, sendo que ainda no início de março se vai realizar um mecanismo de venda, por hasta pública, dos espaços no mercado.
O vereador acrescenta que se pondera a deslocação do atendimento da Câmara Municipal para o mercado D. Pedro.
“Naturalmente esse horário de abertura alargado e essas novas valências de que o mesmo vai dispor vai seguramente tornar aquele local num polo significativamente diferente”
Em relação à Estação Nova, o destino do local ainda está em aberto. O executivo permite fazer da zona ribeirinha um polo de atração e desenvolvimento da cidade. A Câmara está a equacionar a instalação do Polo Europeu do Museu da Língua Portuguesa no edifício, apesar da questão não estar fechada.
“A instalação do polo europeu do museu da língua portuguesa (..) é um dos eixos que nós consideramos que são estrategicamente diferenciadores no âmbito da candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027”
O vereador Miguel Fonseca refere a possibilidade de criar um cluster tecnológico na Baixa de Coimbra, tomando partido do potencial criativo da cidade. Afirma que a pandemia veio demonstrar que é possível as pessoas trabalharem a partir de Coimbra para o mundo.
Miguel Fonseca adianta, ainda, que, dia 11 de maio, o Convento de São Francisco vai receber o evento Start Up Capital Summit, sobre empreendedorismo e capital de risco.
Sobre o Metro Mondego, o vereador avança que o projeto tem de avançar, sendo que o serviço de mobilidade deve estar a funcionar em pleno em 2024.
“Não tenho dúvidas nenhumas que (…) vai ser uma revolução sem precedentes na história da nossa cidade”
Esta entrevista pode ser ouvida na íntegra no link acima ou no nosso Spotify.