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Movimento “Minas Não” com Assembleia aberta

Este sábado, dia 12 de fevereiro, pelas 18 horas, o movimento “Minas Não” terá uma assembleia aberta para quem se quiser informar sobre as causas defendidas e também a quem quiser se juntar ao movimento.

O movimento “Minas Não” afirma que apenas dois dias depois das eleições, o governo anunciou que seis das oito zonas contempladas no Plano de Prospeção e Pesquisa de lítio iam avançar para concurso público

Um dos ativista do movimento, Francisco Norega, 27 anos, natural de Coimbra , esclareceu à RUC, para começar, a forma como o governo tem anunciado os Plano de Prospeção e Pesquisa de minérios para concursos públicos.

Para Francisco Norega, as datas que o governo tem escolhido para anunciar os concursos públicos para prospeção e pesquisa de minérios tem coincidido com eventos como as eleições autárquicas ou com o recente chumbo do orçamento de Estado  o que fez com que o assunto da exploração do minério passasse despercebido.

A maioria absoluta do partido socialista, segundo o ativista não facilita a luta já difícil destes ativistas. O ativista afirma que o governo até agora tem tomado uma atitude prepotente em relação à mineração e teme que essa atitude continue.

O jovem critica a falta de informação, escrutino e transparência técnica do governo sobre as consequências nefastas para as populações. Francisco Norega aponta ainda a importância de informar melhor e esclarecer as populações sobre os eventuais impactos positivos que, segundo o governo, as minas irão ter nas comunidades.

A maioria da área a concurso internacional encontra-se em torno do Parque Natural da Serra da Estrela. São 1350 km2, ou seja, 13 vezes a área do município de Lisboa. O rio Mondego passa por esta zona. Francisco Noronha explica, assim, como a mineração pode vir a afetar a qualidade da água que bebemos.

Francisco Noronha não fica indiferente a esta causa. Segundo o próprio, após visitar populações junto às áreas de prospeção, estudando e debatendo o assunto com especialistas, admite que não consegue ficar indiferente à causa. O ambientalista acredita que em cinco ou dez anos, podemos estar a sentir os impactos da mineração e que tem havido uma certa negligência em relação aos impactos ambientais que a exploração de minério poderá ter.

Para mais esclarecimentos sobre esta causa, irá decorrer no dia 12 de Fevereiro (sábado) , uma assembleia aberta no Liquidambar, pelas 18 horas. Neste mesmo dia, a população de Lixa (Seixoso) sai à rua, às 14 horas. A população irá manifestar-se contra a decisão do governo de pôr a concurso a área de Seixoso-Vieiros.

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