Bloco de Esquerda defendeu em Coimbra as causas nacionais
Chegado o dia de Eleições Legislativas, a Rádio Universidade Coimbra (RUC) acompanhou de perto os debates e a campanha do Bloco de Esquerda (BE). Relembramos agora alguns dos momentos mais importantes.
O comício do BE de Coimbra teve lugar no Convento São Francisco, a 21 de janeiro, contando com os discursos de mandatários distritais de Ernesto Costa, Miguel Cardina, Marisa Matias, José Manuel Pureza e Catarina Martins, por ordem.
No seu discurso, Ernesto Costa manifestou os motivos que o levaram a envolver-se na candidatura do partido, em vez de ser um “mero votante”. Estes motivos incluíam: a competência do BE na defesa pela qualidade dos transportes públicos e da saúde pública; o seu programa eleitoral que “coloca as pessoas, os seus problemas e as suas necessidades no centro das propostas”; por fim, a necessidade de combater o crescimento de forças de extrema-direita.
Miguel Cardina rejeitou qualquer responsabilidade do Bloco na crise política atual no seu discurso, atribuindo-a à falta de diálogo e ambição de António Costa, lembrando ainda aos eleitores que estão a votar, não para primeiro-ministro, mas para eleger 230 deputados, afirmando que é imperioso ter o BE como terceira força nacional. Em conversa com a RUC, o número dois da lista resumiu argumentos para votar no Bloco em Coimbra.
A ex-candidata à Presidência da República, Marisa Matias, reforçou no seu discurso a importância da defesa do Serviço Nacional de Saúde, lançando ainda a proposta de criação de uma rede pública de cuidados. A deputada europeia afirmou também que desde a passagem da troika por Portugal, é necessário recuperar direitos laborais que ainda não foram restituídos. Em conversa com a rádio estudantil, Marisa Matias explicou a que direitos se referia.
O atual cabeça-de-lista do partido pelo círculo de Coimbra foi o seguinte a discursar. José Manuel Pureza descreveu o programa eleitoral do BE pela sua “total disponibilidade no sentido de melhorar as vidas das pessoas”, destacando ainda a continuação da luta por mais direitos na educação, na saúde, no trabalho, na educação, na habitação, na república e na democracia. O candidato mencionou que promete lutar contra a “corrupção de gravata” protegida pela extrema-direita. Em declarações à RUC, José Manuel descreveu a semana de campanha.
O comício concluiu com a intervenção de Catarina Martins, deputada da Assembleia da República. No seu discurso, defendeu os serviços públicos, criticou os salários públicos baixos e estagnados, e ainda valorizou a defesa do Serviço Nacional de Saúde. Outro momento de destaque por parte do BE em Coimbra, coberto pela RUC, foi o Grande Debate com os vários candidatos dos partidos com representação parlamentar que se candidatam à Assembleia da República pelo círculo de Coimbra.
José Manuel Pureza representou o Bloco no auditório da Faculdade de Economia, a 26 de janeiro, e respondeu a 6 momentos diferentes do debate: Intervenções Iniciais, Saúde, Habitação, Regionalização/Centralização, Ferrovia e Alegações Finais. Inicialmente, destaca-se da mensagem do representante que o “Bloco de Esquerda refere que não alinha em blocos centrais, nem em coligações de direita e pode impedir a extrema-direita de eleger.” No campo da saúde, o partido “Aposta no reforço dos cuidados de saúde primários. Há uma falta de médicos de família em Coimbra, e é necessária uma política diferente no que toca à oferta de cuidados hospitalares.” Na temática da habitação de Coimbra, Manuel Pureza defende que “Devem ser criadas condições para a colocação de casas a preços acessíveis, através de operações de reabilitação, podendo o Estado investir nestas reabilitações”.
Sobre a Regionalização/Centralização, o BE aposta na democracia local. “Tem de haver capacidade de se desenhar políticas tendo em conta cada local, cada território e cada população”. Na temática da ferrovia o representante do partido afirma que “Há uma grande miopia, política e económica, assente numa gestão de curto prazo e a ferrovia na região de Coimbra, particularmente na Lousã, prova isto mesmo.”
Por fim, no momento de Alegações Finais, José Manuel Pureza mencionou o papel do partido pela cidade, e como a sua representação está em risco de ser substituída: “Durante 6 anos, Coimbra teve uma voz do Bloco de Esquerda no parlamento e travou várias lutas pela região. A escolha que se nos oferece agora é de manter essa voz ou deixar eleger a extrema-direita.
Para mais detalhes da campanha eleitoral do Bloco de Esquerda e de outros candidatos à Assembleia da República, consulte o separador “Notícias” em www.ruc.pt, ou se preferir ouvir a cobertura eleitoral em direto, esta terá a dar início às 20:00 horas em 107.9 do dia de hoje.