Rui Mamede: “O Livre é um partido cujo propósito é servir de instrumento à democracia”
Ensino superior, habitação e ecologia foram alguns dos temas fortes da entrevista ao candidato do partido Livre.
Na passada sexta-feira, dia 14 de janeiro, Rui Mamede, candidato pelo partido Livre às eleições legislativas no círculo eleitoral de Coimbra, esteve presente no Observatório.
“Abolir as propinas é contribuir para uma sociedade que não existe a duas velocidades”
Analisando a temática do Ensino Superior, Rui Mamede defendeu o fim do sistema de propinas como uma alavanca para o acesso universal àquele que considera ser um “direito básico”. No entender do candidato do Livre, o caminho que tem vindo a ser traçado com as sucessivas descidas do valor exigido aos estudantes tem ajudado à convergência com o resto da Europa ao nível das qualificações médias e tem também promovido uma aprendizagem ao longo de toda a vida, por oposição ao processo que antes só se verificava no início da vida adulta.
“É fundamental haver uma resposta pública no acesso à habitação”
Criticando a forma como a especulação imobiliária tem afastado o centro das cidades da generalidade da população, Rui Mamede destacou o objetivo de alcançar 10% de habitação pública para que se construa uma sociedade mais acessível a todos os seus cidadãos.
Face a uma conjuntura significativamente diferente daquela que existia há algumas décadas, o Livre considera que o Estado tem agora a obrigação de tentar criar novos apoios para ajudar os jovens na compra da sua primeira casa.
“É preciso que o Estado atue de forma cooperante com a população”
Já com a entrevista a chegar ao fim, Rui Mamede conseguiu ainda abordar a temática da sustentabilidade ambienta. Considerando que “está na altura de abandonar os incentivos a certas formas de desenvolvimento energético”, o candidato acrescentou que é hora “de abrir um novo capítulo virado para a sustentabilidade da produção energética no nosso país”.
Na ótica do entrevistado, é também necessário perceber que há várias formas de criar uma justiça ecológica que não passam apenas pela (urgente) redução da pegada carbónica.
Para ouvir a entrevista na íntegra pode aceder através do link acima ou pelo nosso Spotify.