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João Luz Ponte (PCTP/MRPP) propõe Bolsa Popular de Habitação para estudantes deslocados

No programa Observatório de 24 de janeiro, o cabeça de lista do PCTP/MRPP pelo círculo de Coimbra abordou as principais propostas do partido para as área do ensino superior, habitação, transportes e saúde.

O Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP) apresenta-se a mais uma eleição dos deputados para a Assembleia da República. Desde 1976 o partido vai a sufrágio sem nunca ter conseguido eleger um deputado. Para estas eleições, adiantou o cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Coimbra, João Luz Ponte, concorrem para “divulgar o programa político junto dos trabalhadores, reforçar a estrutura do partido e adiantar o processo de reorganização e alargamento das bases”.

Bolsa de habitação, fim da propina e isenção de IRS para estudantes/trabalhadores

A Educação e o Ensino Superior tiveram destaque na entrevista ao candidato. João Luz Ponte prefaciou as propostas recordando que no primeiro semestre desenvolveram uma campanha direcionada a estudantes e trabalhadores/estudantes do secundário e do superior no sentido de aprofundar a “compreensão sobre a realidade concreta” e construir propostas. À cabeça, João Luz Ponte coloca a criação de uma Bolsa Popular de Habitação para estudantes deslocados (para agregados com rendimento até 30.000 euros anuais) além de defenderem a construção de mais residências com condições dignas e mais apoios a formas de habitação coletiva como são as Repúblicas de estudantes. Na área do Ensino Superior, o cabeça de lista por Coimbra, referiu ainda o fim da propina, “quer para o primeiro quer para o segundo ciclo” e a isenção de IRS para trabalhadores/estudantes com rendimentos mensais até 1.000 euros.

Na área da saúde João Luz Ponte, levantou a questão da falta de médicos de família para advogar o fim das parcerias publico-privadas de forma a garantir que o dinheiros dos contribuintes é direccionado “para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e para uma saúde gratuita, acessível e de qualidade”, e não para os “bolsos dos grandes privados da saúde”. Como forma de justificar a necessidade de alterar o modelo da prestação de cuidados de saúde em Portugal, o candidato do PCTP usa como exemplo o plano da receita fiscal onde “o IRS dos assalariados são 13 mil milhões de euros e o IRC das empresas são 5 mil milhões de euros”. Para ultrapassar as “limitações do SNS” João Luz Ponte refere ainda as propostas do partido que defendem a exclusividade dos médicos no SNS e um serviço mínimo ao SNS por um determinado período depois do término da formação de forma a “servirem os trabalhadores que financiam tudo isto”.

 Transportes gratuitos, saude gratuita, ensino gratuito: “Em Portugal não falta dinheiro”

Como forma de financiar todas as gratuitidades presentes nas propostas do PCTP/MRPP, João Luz Ponte procura desmistificar o problema afirmando que “em Portugal não falta dinheiro” e dá como exemplo os apoios da UE não usados na totalidade por “incapacidade da burguesia portuguesa”. Num país em que “o Estado e os patrões ficam com que tudo”, o PCTP/MRPP afirma defender os “trabalhadores empobrecidos que na verdade são quem mais gera riqueza e quem az com que seja possível haver progresso no campo económico.

Na entrevista com João Luz Ponte abordaram-se ainda as visões do PCTP/MRPP para a área do trabalho, da organização sindical dos trabalhadores, dos transportes. Na entrevista o candidato do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses insistiu ainda em esclarecer que o partido “não se revê em posicionamentos negacionistas da pandemia” embora tenham a perspetiva de que existiram “questões que têm recorte de classe” em que os trabalhadores sairam mais prejudicados.

O som completo da entrevista ao cabeça de lista  do PCTP/MRPP pelo círculo eleitoral de Coimbra pode ser escutado no podcast da RUC ou no Spotify.

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