Carla Ribeiro: O R.I.R. quer atribuir “um médico de família e um enfermeiro a todos os utentes” do SNS
No âmbito das Eleições Legislativas 2022, a Rádio Universidade de Coimbra (RUC), entrevistou Carla Ribeiro, candidata pelo partido R.I.R. no círculo eleitoral de Coimbra. A candidata marcou presença no Observatório de quarta-feira, dia 18 de janeiro.
O R.I.R. apresenta o seu programa eleitoral assente na saúde, na proteção do meio ambiente, na educação, nas políticas sociais, na administração pública, e na cultura. A candidata do R.I.R. às próximas Eleições Legislativas pelo círculo de Coimbra, exalta valores como a inclusão dos cidadãos nas decisões do bem comum, políticas de bem-estar e o equilíbrio dos objetivos económicos na vida dos portugueses.
A universalização dos cuidados de saúde, as questões sanitárias, a mobilidade, a bipolarização e o esquecimento do interior do país foram temas abordados por Carla Ribeiro. No Ensino Superior a candidata concorda com o fim da propina e a aproximação do ensino ao setor empresarial e tecnológico.
“A política serve para nos servir e não para nos servirmos”
O R.I.R. afirma querer levar a voz do cidadão comum à Assembleia da República (AR). Para candidata a voz do povo tem de estar presente, “são eles que nos elegem, são eles que acreditam em nós”. “Os que têm sido eleitos esquecem-se completamente que o povo existe” depois de eleitos, disse. Proteger os cidadãos contra as injustiças e falta de seriedade, lutar pelo respeito nas diferenças (todas elas), é outro dos compromissos assumidos.
“A saúde é um bem inestimável”
Em relação às medidas de saúde, o R.I.R apoia um médico de família e um enfermeiro para as necessidades de cada português, sem “sobrecarga dos profissionais”. A promoção de um estilo de vida saudável com programas de educação alimentar desde o ensino pré-escolar, e o estímulo à criação de espaços de lazer e desporto inteiramente gratuitos, bem como a integração de menus alternativos nas escolas são abordagens possíveis para a candidata.
Carla Ribeiro propõe ainda a dispensa gratuita de medicamentos para doentes crónicos com mais de 65 anos ou com outras morbilidades, Centros de Saúde com recursos humanos e técnicos para a realização de consultas de pediatria, obstetrícia, e a psicologia especialmente, porque a saúde mental está muito em causa devido ao que estamos a passar.
A revisão do regime de apoio ao cuidador informal, torna-se imperativa para a candidata. Em um milhão e 400 mil pessoas que são ditas cuidadoras, só 930 é que entregaram papéis e têm o direito a ter o estatuto, em que 250 é que se recebe para ser cuidador, apesar deste estatuto não ser só para se receber um subsídio, deveria ser num todo e abranger todas as pessoas, acompanhando-as e sabendo todas as necessidades delas.“
“O TGV tem de parar em Coimbra”
Carla Ribeiro defende a construção e implementação de meios de transportes mais rápidos em Portugal. Para Coimbra defende a paragem do TGV com vista “a uma melhor circulação e fixação dos empresários em Coimbra”.
O IP3 tem troços que não foram acabados, e “têm de ser concluídos de uma vez”. Carla Ribeiro considera a importância de “deixar a partidarice de parte e de uma vez por todas dar uma solução ao que foi começado e não foi terminado”.
“O Ensino Superior em Coimbra é para ser preservado da melhor forma”
A candidata do R.I.R. considera que o Ensino Superior é uma mais-valia para a cidade. Muitos alunos do superior vêm de fora. Na opinião de Carla Ribeiro tem de ser dada atenção “às altas propinas” e ao custo elevado das “habitações”. De acordo com a candidata com os preços dos t1’s a 800 euros, para uma pessoa que queira ingressar no Ensino Superior, que não tenha rendimentos ou não trabalhe, e que só possa viver do que tem, é impossível ter a mesma igualdade de oportunidades que um estudante cuja família resida em Coimbra. A candidata considera que a igualdade de oportunidades tem de ser para todos.
Sobre o acesso ao trabalho dos jovens licenciados Carla Ribeiro não concorda com a exigência de experiência de cinco anos solicitada nos anúncios de emprego e incentiva os empregadores a facilitar a entrada no mercado de trabalho dos jovens. Realça também a importância de “vender a universidade ao mundo inteiro”, e de se poder afirmar que “em Coimbra tiramos um curso mas temos mercado de trabalho”. Para isso é necessário mais indústria, proclamou.