Orlando Monteiro da Silva: “Se é do público ou do privado, o que importa é que seja de qualidade”

Orlando Monteiro da Silva destacou a homogeneidade do programa da Iniciativa Liberal, afirmando que as ideias que apresentam são, na sua génese, iguais em todo o território nacional e assentam essencialmente em cinco pilares: colocar Portugal a crescer em termos económicos, com menos impostos e mais salários líquidos especialmente nos mais jovens; mais liberdade de escolha na saúde e educação; combate à corrupção; maior proximidade das pessoas, através da descentralização; emagrecimento do estado, nomeadamente libertando os contribuintes de um conjunto de empresas e institutos públicos que o candidato considera que apenas servem para preencher clientelas partidárias.

No que toca ao ensino superior o candidato defende uma maior autonomia das instituições de ensino, nomeadamente na criação de cursos e departamentos, na determinação dos números clausus e até no processo de admissão de novos estudantes. Orlando Monteiro da Silva lembra que são impostas escolhas ainda no ensino secundário que acabam por influenciar o futuro dos jovens quando estes ainda não estão preparados para tomar tais decisões e que uma alteração no percurso ainda nesta faixa etária acaba por se traduzir num enorme retrocesso para o jovem. Assim defende uma alteração na forma de entrada dos estudantes no ensino superior, com as instituições a terem uma maior preponderância no processo, através de entrevistas ou provas próprias de admissão. Também o processo de financiamento das instituições tem de evoluir, destaca o candidato da IL, lembrando que é necessário ter em conta vários parâmetros relacionados com o custo de formação de cada área de ensino e não apenas o número de alunos de cada instituição.

“Marta Temido é a principal responsável por esta visão estreita ideológica e centrada”

No que toca à saúde Orlando Monteiro da Silva explica que todos os países desenvolvidos procuram uma cobertura universal de saúde, no entanto, lamenta, que em Portugal este tema tenha entrado numa visão ideológica que culmina na atual Lei de Bases da Saúde que dificulta a inclusão do setor privado na solução para esta questão. O candidato da IL diz mesmo que Marta Temido, a atual Ministra da Saúde e cabeça de lista do PS por Coimbra, é a principal responsável por esta visão que considera insuficiente para o problema. Para Orlando Monteiro da Silva os setores privado e social são uma parte importante da questão, que deve ser discutida sem “teias ideológicas”.

O candidato da IL abordou ainda o tema da descentralização, que a seu ver, não terá obrigatoriamente de passar pela criação de novas estruturas intermédias, mas sim por uma maior autonomia das instituições locais. Também a questão dos transportes foi abordada com Orlando Monteiro da Silva a explicar que a proposta da IL passa por um investimento na ferrovia que ligue todas as capitais de distrito de forma a criar uma malha ferroviária no país. O candidato lamentou ainda que seja frequente em época de eleições assistir-se a promessas relacionadas com infraestruturas de modo a influenciar o voto dos eleitores.

“Não é por decreto que se cria emprego”

Por fim Orlando Monteiro da Silva lembrou que muitos jovens qualificados e não qualificados têm vindo a abandonar o país por não conseguir encontrar colocação profissional. Segundo o médico dentista isso deve-se às políticas socialistas que têm vindo a dominar o país e que se traduzem numa “carga fiscal asfixiante” e numa generalização do salário mínimo. O candidato da IL propõe assim que haja uma diminuição da burocracia e da carga fiscal que promova o investimento empresarial.

Por fim o candidato deixou o repto a que votem no seu partido “se querem algo que seja diferente”.