Diretores re-eleitos das faculdades de Medicina e de Desporto e Educação Física tomam posse

A cerimónia de tomada de posse do Professor Doutor Carlos Manuel da Silva Robalo Cordeiro como diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra tomou lugar no passado dia 2 de Dezembro ao meio-dia, na sala do senado. A entrar agora no seu segundo mandato, o diretor agradeceu às pessoas presentes, incluindo o Reitor Amílcar Falcão, que presidiu o evento.

Com orgulho, o professor declarou que a Faculdade de Medicina tem cursos que se encontram nas listas dos 10 cursos com as classificações mais elevadas e com o maior numero de alunos colocados a nível nacional. Menciona também que a sua posição vem com um grande nível de responsabilidade e que, mesmo que a Faculdade se encontre atualmente numa boa situação, não será apenas necessário gerir, mas sim seguir a atração que existe pela faculdade e acompanha-la pela modernidade.

Focou-se também em pontos que considera importantes como “humanização, ética e relação inter pares” e revelou os novos modelos de ensino-aprendizagem dando como exemplos simulações, processos de “role-play” e biomédica que estão a ser incorporados nos cursos de forma dinâmica.

Apesar da modernização visionada por Robalo Cordeiro, este mesmo apresenta um problema existente na população docente: o envelhecimento. O professor diz que em apenas uma década, mais de 40 docentes da faculdade vão se aposentar obrigatoriamente.

O professor da Faculdade de Medicina declarou que desde Setembro de 2019 até Setembro de 2021 foram publicadas 106 noticias com origem na faculdade de medicina, introduzindo assim o Laboratório de Comunicações e Saúde, que considera importante para o seu segundo mandato.

Para além do Laboratório de Comunicações e Saúde, Carlos Robalo Cordeiro mencionou também que o projeto do novo edifício da UC Biomed, que vai ser localizado no polo 3, continua em desenvolvimento.

O professor diz também querer lançar um concurso de ideias para a renomeação das unidades edificadas e a edificar, comentando que os nomes atuais “dizem pouco a quem quer preservar uma memória na área das ciências e saúde” e pede, com humor, que o alfabeto grego não faça parte dos novos nomes.

O discurso de Carlos Robalo Cordeiro concluiu com o reenforço da ideia que as pessoas e relações médico-doente e a solidariedade são as ideias mais importantes para a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

Pouco depois de Robalo Cordeiro usar da palavra, foi a vez de José Pedro Leitão Ferreira aceitar a sua re-eleição, num discurso com um teor emotivo em que o contributo de todos os membros da faculdade nos últimos dois anos foi destacado.

Um discurso preparado, pausado, em que o diretor da FCDEF deixou patente desde o primeiro momento, os valores por que se tem regido e planeia continuar a seguir.

Com um rol de agradecimentos a reitoria, equipa da faculdade, docentes e não docentes, José Pedro Leitão Ferreira fez questão de frisar o que considera ser um dos grandes frutos da sua direção cessante: a reformulação da oferta formativa da FCDEF e a criação de uma nova pós-graduação.

Mais lutas foram mencionadas, ficando em lugar de destaque uma em principal – a falta de infraestruturas para a prática desportiva e a investigação no estádio universitário.

A luta pelas infraestruturas é antiga, com vitorias nos últimos anos, com renovações realizadas aquando dos EUSA Games e novos laboratórios para investigação a serem disponibilizados no ultimo ano. Ainda assim, continua a haver falta de espaços e falta de pessoal não docente para assegurar o bom funcionamento da faculdade.

O sonho, para José Pedro Leitão Ferreira, é um espaço totalmente novo no estádio universitário. Mas esse, entende, não é para agora.

Também houve tempo para mencionar e agradecer aos presidentes do núcleo de estudantes de desporto dos passados dois anos, uma nota que o diretor nao quis deixar cair e em que realça a importância da ligação aos núcleos nestes tempos incertos.

Amílcar Falcão esteve presente nas tomadas de posse, onde agradeceu o trabalho já efetuado por ambos os diretores e aproveitou para realçar a importância da continuidade neste cargo.

Comparando com a dificuldade em colaborar com a DG-AAC, onde os presidentes acabam por mudar “antes de se fazer as contas”, como disse o reitor, os mandatos de dois anos para os diretores da faculdade são ainda assim curtos, vendo portanto com bons olhos um trabalho de continuidade em Medicina e em Desporto e Educação Física.