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25.11.2021POR Miriam Lopes

Eleições para a Comissão Central da Queima das Fitas 2022 acontecem mesmo após anúncio de adiamento e geram mais polémica na AAC

Apesar da decisão por parte do Conselho Fiscal da Associação Académica de Coimbra (AAC) de adiar as eleições da Comissão Central da Queima das Fitas 2022, as votações aconteceram ontem, entre as 10h e as 19h, na cantina dos grelhados.

O Conselho Fiscal da Associação Académica de Coimbra decidiu na madrugada de quarta feira, por unanimidade, adiar as eleições da Comissão Central da Queima das Fitas 2022. Esta decisão foi tomada, uma vez que os dados referentes aos alunos com capacidade eleitoral para esta eleição não foram entregues ao Conselho Fiscal dentro dos prazos previstos nos Estatutos da Associação Académica de Coimbra. No entanto, horas depois da RUC noticiar este adiamento, as urnas abriram e as eleições decorreram com aparente normalidade.

Laurindo Frias, presidente do Conselho Fiscal, confirmou, em declarações à Rádio Universidade de Coimbra (RUC), que a decisão do adiamento foi comunicada ao presidente da Comissão Eleitoral, Matias Correia, ainda na madrugada da passada quarta-feira. A reacção não foi de concordância e o Dux Veteranorum terá referido que não iria acatar esta decisão.

Matias Correia, em entrevista no programa Observatório confirmou ter recebido uma comunicação informal na madrugada de quarta-feira com a decisão do adiamento. No entanto, referiu que a informação oficial sob a forma de edital só foi afixada na manhã de quinta-feira, já após a abertura das urnas. Lamentou não ter estado presente na reunião do Conselho Fiscal e afirmou não concordar com o adiar das eleições.

Acrescentou ainda que a origem da decisão estava na falta da informação para os cadernos eleitorais. Uma vez que o próprio presidente do Conselho Fiscal afirmou que os dados seriam entregues na manhã de quarta-feira, na opinião de Matias Correia estariam estabelecidas as condições para avançar com as eleições.

O Dux fez questão de sublinhar que “não houve de forma nenhuma uma tentativa de não cumprir com o adiamento.” Os dados foram recebidos, os cadernos eleitorais foram corrigidos e impressos a tempo e por isso, sob o seu ponto de vista e conforme tinha acordado com Laurindo Frias, as eleições estavam em condições de ocorrer.

Para Matias Correia estas eleições são legítimas e espera conseguir ter oportunidade de falar no plenário de emergência do Conselho Fiscal de forma a esclarecer toda a situação.

Laurindo Frias tem uma opinião divergente e garante que o plenário de sábado vai servir para discutir dois problemas: a realização de uma eleição que, segundo o Conselho Fiscal, não reunia condições para acontecer, e o desrespeito por parte da Comissão Eleitoral de uma decisão do Conselho Fiscal.

Em cima da mesa está a possibilidade das eleições serem impugnadas, assim como um possível processo disciplinar contra o presidente da Comissão Eleitoral.

O desfecho destas eleições envoltas em polémica será conhecido no próximo sábado, após o plenário de emergência do Conselho Fiscal.

 

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