Cesário Silva: “Existe um timing muito certo” para apresentar reivindicações nas legislativas
Realizar uma Magna no inicio de Janeiro e acordar um caderno reivindicativo para as Legislativas estão dentro das principais preocupações dos estudantes da UC que vão assumir mandatos nos órgão sociais da Académica para 2022.
O estudante da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, Cesário Silva, revelou que “em conjunto com uma passagem de pasta que está a ser realizada com a DG anterior” já estão a ser agendadas e realizadas reuniões com as estruturas da AAC para perceber “as necessidades que cada estrutura tem”, além de estar a ser preparada uma proposta de caderno reivindicativo para apresentar aos partidos políticos durante a campanha para Eleições Legislativas de 30 de Janeiro. O próximo presidente da DG/AAC defende que “é preciso haver uma certa política da AAC que tem de ser apresentada aos partidos” para que haja o “reconhecimento do que são as nossas necessidades no ensino superior e acessibilidade”.
“O tempo não é muito alargado e todos temos consciência disso”
Além dos assuntos mais clássicos como o da abolição da propina e da revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, “a falta de camas novas para Coimbra (em residências) que tem sido algo negligenciado e que foi algo falado pelas 3 listas” que foram a eleições para a Académica, vai ser um ponto muito importante nas reivindicações, prevê o estudante. A proposta terá de ser aprovada em Assembleia Magna próxima, reunião que Daniel Tadeu garantiu vir a ser marcada para o inicio do ano de 2022. Cesário Silva concluiu afirmando que “o tempo não é muito alargado” e que existe entre todos, os eleitos e os que estão em final de mandato, a consciência de que “existe aqui um timing muito certo” para conseguir levar o documento a Assembleia Magna e conversar com os partidos antes do dia das eleições.
“O facto de não ser interventivo nas assembleias não vai dificultar a tarefa”
A realização e condução das Magnas, além da assunção das responsabilidades de Comissão Eleitoral por parte da Mesa da Magna, foi tema recorrente nos mandatos mais recentes. Daniel Tadeu confessou ter mais vida além da participação nas magnas enquanto estudante mas realçou que “o facto de não ser interventivo nas assembleias não vai dificultar a tarefa” e não vai influenciar o desempenho integral das suas funções. O próximo presidente da MAM/AAC revelou que já está a trabalhar num regimento interno para o seu mandato e deixou ainda a garantia de estar preparado para conduzir magnas com muitas horas de duração para dar espaço à voz dos estudantes. Sobre as tarefas relacionadas com a organização de eleições Daniel Tadeu apresenta o mandato de João Bento como referencia e admitiu que “já lhe disse que ia precisar de uma certa ajuda na parte de guiar estas questões que foram um pouco abandonadas pelos anteriores mandatos”.
A relação com o governo da Universidade de Coimbra foi outro assunto na conversa com os dois estudantes eleitos para os órgãos sociais da AAC. Cesário Silva confia que vai trazer para a Académica uma experiência valiosa sobre o funcionamento e o “método de trabalho e de apresentação” que podem adotar “em algumas reivindicações que a AAC quer ter com a universidade”. Ao ser representante dos estudantes no Conselho Geral da Universidade de Coimbra (CGUC), Cesário Silva admite que “os estudantes têm uma representação muito limitada o que leva a que muitos temas e muitas discussões sejam muito complicadas de ter” no CGUC, mas garante que na AAC será “um trabalho muito diferente e a transparência passada para os estudantes será muito diferente”.
A conversa com os estudantes eleitos para os cargos de presidente da MAM/AAC e presidente da DG/AAC para o mandato de 2022 passou também pela maneira de atrair mais alunos à Magna e pelo assunto do e-mail que violou o dia de reflexão. O som pode ser escutado na íntegra no podcast da RUC.