CMC pede união da cidade em torno da alta velocidade

O apelo foi feito pela vereadora com o pelouro dos Transportes e Mobilidade, Ana Bastos, no encerramento do colóquio internacional Coimbra 30-2030 que aconteceu na terça e quarta-feira da semana passada no auditório da reitoria da UC. A vereadora salientou na sua intervenção o planeamento estratégico da cidade, o metrobus e a estação de Coimbra-B onde deve passar obrigatoriamente a alta velocidade.

A autarca defendeu ainda que a ferrovia é o futuro da mobilidade de média e pequena distância, demonstrando confiança na proibição da mobilidade aérea nestas distâncias.

Defendeu que se trata de um projeto que pode dar uma grande centralidade àquela zona e que envolva a requalificação a zona da Pedrulha.

Sobre as ligações até ao centro da cidade, a vereadora considera que neste momento é extemporâneo falar de outra solução que não seja a de procurar ligações funcionais entre a Fernão de Magalhães e a zona do metrobus.

Para Coimbra não ser secundarizada pelas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, a vereadora defendeu que este projeto “não pode ser um segundo projeto coxo”, referindo-se ao metrobus como o primeiro.

No mesmo local o presidente da CMC, José Manuel Silva, deu a entender que o financiamento é possível de encontrar mas que faltam projetos urbanísticos de qualidade para outras zonas e estruturas da cidade. O autarca enumerou o conjunto de necessidades que identifica na cidade: Santa Clara-A-Nova, José Falcão e Penitenciária são alguns deles.

O colóquio Coimbra 30-2030 sobre a arquitetura e o espaço urbano da cidade, foi organizado pelo Departamento de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologia, do Centro de Estudos Sociais e do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra, e reuniu autores nacionais e internacionais na análise da evolução da cidade de Coimbra e do seu futuro.