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28.10.2021POR Tomás Cunha

Entrevista a Carlos Braga: O retrato de uma Queima das Fitas segura e sem desacatos 

“Tem sido um ano expecional com poucas ocorrências”, afirma Carlos Braga, responsável pela segurança no recinto da Queima das Fitas.

Será a noite coimbrã sinónimo de violência e desacatos? Durante esta Queima das Fitas a resposta a esta pergunta é negativa. A Rádio Universidade de Coimbra conversou sobre este tópico com Carlos Braga, responsável pela segurança da Queima das Fitas (QF) e do edíficio-sede da Associação Académica de Coimbra (AAC).

Para Carlos Braga (ou senhor Braga como é carinhosamente tratado por muitos estudantes), a falta de problemas no recinto da Queima das Fitas é explicada pelo facto de o público ser mais homogéneo em comparação com anos anteriores.  “Quando há gente fora do seu ambiente tudo é mais problemático”, defende Carlos Braga.  Algo que não tem acontecido na presente edição da festa estudantil conimbricense, o que explica na perspetiva do responsável da segurança do recinto a falta de ocorrências durante esta Queima.

O Queimódromo ou a “Arena” como muitos estudantes apelidam o recinto da QF, tem uma lotação máxima de 20 mil pessoas por dia e durante o fim de semana o recinto atingiu mesmo esses números. Questionámos Carlos Braga sobre os números relativos ao controlo deste espaço. A resposta foi rápida e assertiva: “180 seguranças”. Um número necessário não só para efetuar as rondas pelo recinto, mas também para controlar os diferentes postos fixos referentes a imprensa, bebidas ou entradas.

A pandemia mudou a Queima das Fitas? Foi a pergunta que fizemos a Carlos Braga. “Dá-me a sensação que as pessoas estão mais cautelosas.” Um exemplo? A troca de garrafas e de copos não tem acontecido como acontecia em outras Queimas, o que tem implicações importantes no consumo de álcool, afirma Carlos Braga.

No final da entrevista no estúdio móvel da Rádio Universidade de Coimbra Carlos Braga deixou dois conselhos: o primeiro relativo às entradas:  “Quanto mais cedo vierem melhor”; e um segundo referente a eventuais pedidos de ajuda endereçados à equipa de segurança:  “Podem chamar a segurança a qualquer altura. Podem pedir ajuda. Não tenham receio. Estamos cá para isso”. Um apelo de Carlos Braga que procura desta maneira combater os preconceitos e estigmas referentes aos seguranças noturnos.

A Queima das Fitas começou no passado dia 21 e termina na sexta-feira, dia 30. A Rádio Universidade de Coimbra marca presença diária na “Arena” com entrevistas e muita música numa emissão que começa às 22:00 e termina às 2:00.

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