Magna aprova regulamento eleitoral, marcha pelo fim da propina e regulamento de gestão de espaços
O protesto pela abolição da propina aprovada em Assembleia Magna acontece no domingo, 24 de outubro, às 14h30.
A marcha de protesto pela abolição da propina foi proposta pela Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) e aprovada sem votos contra pelos associados efetivos que estiveram presentes no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra (UC). A estudante da Faculdade de Direito e candidata à DG/AAC, Ghyovana Carvalho, tentou a aproação de uma manifestação junto à Assembleia da Republica, em Lisboa, mas o repto foi chumbado depois de João Assunção, presidente da DG/AAC argumentar a inexistência de condições para reunir uma manifestação nacional.
Eleição da DG e MAM a 18 de Novembro
As eleições para a direção geral e magna ficaram marcadas para dia 18 de novembro. O Regulamento Eleitoral para as Eleições da Direção-Geral (DG/AAC) e Mesa da Assembleia Magna da Associação de Coimbra (MAM/AAC) original sofreu algumas alterações, como o acréscimo de um dia de reflexão, proposta apresentada por Ricardo Lourenço, estudante da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e atual candidato à presidência MAM/AAC.
Foi ainda aprovado que o voto por envelope seja alargado a todos os estudantes com 269 votos a favor. No entanto, o presidente da Comissão Eleitoral, Laurindo Frias, ressaltou que tal hipótese “não está contemplada nos Estatutos”.
No final da Magna os repórteres Gonçalo Pina e joão fidalgo falaram com o presidente do CF e presidentes da Comissão eleitoral das eleições.
Regulamento de espaços aprovado com correções
Outro dos pontos fortes da Magna foi a discussão e votação do Regulamento de organização, distribuição e administração dos espaços físicos sob administração da AAC. Eduardo Ribeiro, mestrando em Física e membro da Tuna Académica da Universidade de Coimbra — um dos oito organismos autónomos que co-habitam no quarteirão académico da rua Padre António Vieira — chamou a atenção para o facto de que “o edifício pertence à UC e é sede de várias associações juridicamente independentes” a quem a Reitoria concede o usufruto. Com esta linha de argumentação propôs várias correções ao documento original, entre elas, uma alteração ao nome definido para o edifício que melhor reflita as suas múltiplas realidades. Esta proposta não foi aceite mas o regulamento de espaços acabou aprovado com a retirada das referências à gestão por parte da Direção-Geral dos espaços cedidos aos organismos autónomos, proposta também apresentada por Eduardo Ribeiro da TAUC.
O presidente da DG, João Assunção, analisou o assunto em entrevista à RUC depois da AM. O dirigente ecordou o relação histórica e afetuosa que existe com os organismos autonomos e saudou a aprovação do documento.
DG compromete-se com manifestação pelo prato social
A vocação das cantinas universitárias e o alargamento da opção social são terreno fértil para discussão em Magna. Na assembleia do dia 20 de outubro não foi diferente, com a Cantina Rosa (localizada no Colégio de São Jerónimo) a fazer par com a Cantina Amarela (localizada na rua Castro Matoso) nas reivindicaçoes pela reintrodução do prato social. O estudante da Faculdade de Medicina e ex-candidato à DG/AAC, Diogo Vale, apresentou uma moção para “instar a DG/AAC” a participar numa concentração “pelo regresso da refeição social e do pagamento em numerário em todas as cantinas”. A discussão que se seguiu culminou na aprovação da moção, apesar do voto contra dos membros da DG/AAC e da falta de quorum, anulado pelo compromisso prévio da DG em aceitar o resultado da votação como vinculativo. O órgão executivo ficou desse modo comprometido com a reivindicação e com a manifestação marcada para dia 3 de novembro junto à Cantina Rosa.
Ghyovana Carvalho foi muito critica da atitude da DG/AAC que votou em bloco contra a moção apresentada por Diogo Vale. O processo de contagem dos votos desta moção gerou bastante descontentamento e foi motivo suficiente para que Ghyovana Carvalho fizesse uma sugestão de melhoria ao sistema de votação da AM.
O presidente da Direção-Geral da AAC defendeu a atitude e o sentido de voto dos dirigentes estudantis. João Assunção realçou, no entanto, que a proposta foi aprovada e que o compromisso de estar na manifestação foi assumido pela DG sem que existisse a obrigação estatutária de o fazer.
A Assembleia Magna de quarta-feira foi a última de João Assunção como presidente da DG/AAC, e João Lincho como presidente da MAM/AAC. Na última intervenção da noite, o presidente da Secção de Gastronomia da AAC, Vítor Sanfins, propôs aos associados ainda presentes no Auditório da Reitoria da UC que se juntassem num aplauso de reconhecimento aos membros dos dois órgãos sociais da Académica pelo tempo que dedicaram à casa e pelo trabalho que desenvolveram enquanto dirigentes estudantis.
Na Magna de quarta-feira também foi aprovado o Plano Estratégico para a Igualdade, apresentado pela DG/AAC e que liga a associação de estuantes a lutas como a do aumento do ordenado minino nacional.