Tradição e normalidade na abertura solene das aulas da UC
Teve hoje lugar, na Sala dos Capelos da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC), a cerimónia de abertura solene do ano letivo de 2021/2022. A sessão cumpriu todo o protocolo habitual num regresso a uma quase normalidade. Amílcar Falcão, reitor da UC sublinhou as conquistas, anunciou novidades e lançou desafios. João Assunção, presidente da Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) pediu uma Academia Coimbrã que se supere e teceu criticas ao Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior.
No início de mais um ano, o reitor da UC, na sua intervenção, assinalou o regresso ao ensino presencial e relembrou a sua importância para a comunidade académica.
O reitor relembrou também que os Hospitais e a Universidade já não são suficientes para o desenvolvimento da cidade. Na sua opinião, é fundamental a criação de uma área metropolitana da cidade de Coimbra como meio de combater o declínio da cidade e de promover a coesão territorial. No seguimento desta ideia o reitor, pediu a criação do “Coimbra Bauhaus”, uma área de promoção da mobilidade inteligente, coesão territorial e sustentabilidade.
A implementação de medidas para promoção da inclusividade, da economia circular e da eficiência energética é também uma prioridade para a UC. Nesse sentido, Amílcar Falcão anunciou a criação do Gabinete para o Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Coimbra.
Na sua intervenção, o reitor realçou ainda o desenvolvimento do projeto “Regressa e Acaba” para incentivar o regresso de antigos estudantes para concluírem os seus cursos.
Já o presidente da Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra, João Assunção, relembrou os tempos difíceis vividos pelos jovens estudantes durante a pandemia e afirmou que estes terão um papel fundamental no combate à pandemia em tempo futuro.
João Assunção Academia Coimbrã que se supere como no passado e que sirva de lanterna para guiar os “pouco iluminados pela razao”.
Num momento de crítica, o presidente da DG/AAC voltou a apontar o dedo ao Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), afirmando que este não incentiva a construção de Instituições de Ensino Superior que queiram ser escolas geradoras de cidadãos capazes de intervir na sociedade.
Depois da intervenção do representante máximo da Academia de Coimbra nesta cerimónia de abertura solene, a habitual Oração de Sapiência ficou a cargo de Anabela Miranda Rodrigues, Professora Catedrática da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.