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Durão Silva: “Adoro a relação bilateral entre Timor e Portugal”

Durão Silva, presidente dos Académicos Timorenses de Coimbra foi o convidado do programa Observatório de segunda-feira, dia 11 de Outubro.

A associação Académicos Timorenses de Coimbra foi reativada em 2021 e conta com 47 associados, entre estudantes da universidade, instituto politécnico e escolas profissionais. É a única associação de estudantes timorenses legalmente constituida em Portugal e tem atividade nas áreas da dança e da música tradicional, além do desporto.

“Os estudantes timorenses têm maior dificuldade na expressão do que na compreensão do português.”

Em setembro de 2021 várias associações de estudantes de países da Lusofonia, entre elas os Académicos Timorenses de Coimbra, assinaram um protocolo com a Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra com o objetivo de apoiar os jovens internacionais a ultrapassar dificuldades de integração. Tratar do Visto de Estudante, procurar casa e fazer a inscrição curricular são exemplos da ajuda prestada à chegada dos timorenses a Portugal. Durão Silva esclareceu que a maior dificuldade está no domínio completo da língua portuguesa e na comunicação verbal das suas ideias.

No dia 16 de outubro vai acontecer um Arraial Internacional para dar a conhecer a cultura, a música e a gastronomia de países como o Brasil, Angola, Cabo-Verde ou Timor. Durão Silva anunciou que o grupo timorense vai apresentar-se no evento com atuações de música e danças tradicionais.

“É um tempo diferente […] As juventudes (timorense e indonésia) já construiram paz e amizade. Já conseguimos uma relação boa na politica, na economia e na educação.”

Em 11 de outubro de 1996 o Comité Norueguês do Nobel anunciava em Oslo a atribuição do Prémio Nobel da Paz a Dom Carlos Ximenes Belo, bispo da diocese católica de Díli, e a José Ramos Horta, porta-voz da resistência timorense, pela sua contribuição para uma solução pacífica para o conflito de Timor-Leste. Passados 25 anos da atribuição do Prémio Nobel e 30 anos depois do massacre no Cemitério de Santa Cruz, Durão Silva é capaz de afirmar que os timorenses têm feito um caminho de normalização das relações com os vizinhos indonésios. O presidente dos Académicos Timorenses de Coimbra revelou ainda que os cursos de direito e medicina são as preferências dos estudantes timorenses, desejando a maioria regressar e “desenvolver ou mudar alguns sistemas” no país de origem.

Nos dias 12 e 13 de novemro, o grupo dos Académicos Timorenses de Coimbra vai realizar um evento para assinalar os 30 anos do massacre no Cemitério de Santa Cruz com um torneio de futsal, atuações culturais e uma palestra.

Pode ouvir a entrevista completa através do link acima ou no Spotify da RUC.

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