Inês Tafula: “Quero ser a voz dos conimbricenses”
A Coligação Coimbra é Capital aponta baterias à Câmara e promete fazer um trabalho de oposição sério mas sem recorrer a truques “sujos.”
A ronda autárquica organizada pela Rádio Universidade de Coimbra continua e desta vez recebemos Inês Tafula. A candidata da Coligação “Coimbra é Capital” é secretária-geral do Partido Democrático Republicado (PDR), é jornalista de profissão e atualmente estuda direito na Universidade de Coimbra. A candidata da coligação que junta o PDR ao Partido da Terra (MPT) conversou connosco e explicou aos microfones RUC quais são os objetivos de uma candidatura que junta o “centrista” PDR a um movimento ecologista de caráter partidário (MPT).
Requalificar e criar empresas âncora é um dos objetivos da candidatura
Para a cabeça de lista da Coligação Coimbra é Capital o objetivo da sua candidatura é “trazer de volta a notoriedade” da cidade, algo que na opinião de Inês Tafula tem faltado nos últimos “20 ou 30 anos”. Para a jornalista e estudante de direito falta pujança e liderança a uma cidade que tem vindo a perder as suas marcas. A sujidade, a falta de indústria e a ausência de requalificação urbana são algumas das preocupações da Coligação. Para contrariar esta tendência é preciso não só requalificar a zona da alta e da baixa de forma urgente, mas é necessário igualmente acarinhar e ouvir os comerciantes no sentido de criar “empresas âncora” nesta zona da cidade, afirma a candidata.
A coligação pretende combater o amiguismo e as “Cunhas”
Do ponto de vista económico Inês Tafula defende uma desburocratização dos serviços da Câmara Municipal de Coimbra (CMC). “Há um atraso nos departamentos da Câmara na resolução de problemas que se não forem agilizados rapidamente leva a que os empresários se fixem noutras cidades”, afirma a candidata. Para Inês Tafula na Câmara Municipal existe uma cultura de “Cunha” e de amiguismo que impede o aumento da produtividade dos serviços camarários. Acabar com essa cultura é um objetivo da sua coligação, remata Inês Tafula.
Candidatura de José Manuel Silva está irregular na perspetiva de Tafula
Mas não é só a Câmara que preocupa Inês Tafula. O Partido Democrático Republicano solicitou preventivamente ao Tribunal Constitucional e à Procuradora-Geral da República a inelegibilidade e interdição do partido “Nós, Cidadãos!” em se apresentar às próximas eleições autárquicas e a consequente extinção desse partido, devido à não prestação de contas em, pelo menos, três anos consecutivos. Para os mais distraídos a coligação Juntos Somos Coimbra de forma a contornar a imposição legal que proíbe grupos de cidadãos de fazer coligações com partidos candidata aos órgãos da CMC e das freguesias os seus candidatos na lista do partido Nós, Cidadãos como independentes na coligação Juntos Somos Coimbra, uma atitude que Inês Tafula classifica como “menos transparentes”.
Garantir salários justos é a chave para Fixar jovens na opinião de Inês Tafula
A fixação de jovens na cidade tem sido um dos principais temas da pré-campanha. Na opinião de Inês Tafula as causas para este problema repartem-se entre a CMC e a própria Universidade de Coimbra que tem uma “falha enorme” no capítulo da fixação dos recém licenciados. Na perspectiva da candidata é preciso garantir salários condizentes com as suas qualificações.
A Cultura e a saúde são outras das preocupações de Tafula
No âmbito cultural Inês Tafula defende a criação de um espaço para ensaios de bandas rock no sentido de fomentar a criação artística de uma área que tem na perspectiva da candidata da Coligação “muito prestígio” fora da cidade. Na área da Saúde Inês Tafula optou por lançar algumas questões direccionadas às relações entre os hospitais privados e o Centro Hospital da Universidade de Coimbra (CHUC), referindo várias vezes a necessidade de requalificar as maternidades da cidade: “as maternidades devem ser requalificadas e munidas do material mais avançado”. Para os Covões a resposta é a mesma: “renovar e reprojetar de forma séria, moderna e imediata do Hospital dos Covões”.