Câmara de Coimbra aprova por unanimidade nova intervenção para espaço entre praia fluvial do Rebolim e ponte da Portela
Os trabalhos vão passar “pela criação de uma zona verde naturalizada, que tenha na sua génese a galeria ripícola, o aumento da biodiversidade e a naturalização e estabilização das margens do rio Mondego”. A proposta apresentada pelos serviços da Câmara Municipal de Coimbra mereceu o voto favorável de toda a vereação na última segunda-feira.
Em nota de imprensa a a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) comunica que vai ser criado um espaço verde para usufruto da população desde a praia do Rebolim até à ponte da Portela. O novo corredor vai servir “para o exercício físico informal” e será dotado de “bancos, mesas, papeleiras, painéis informativos, abrigos, entre outros”, esclarece.
Residentes, ativistas do Mondego Vivo e várias forças políticas contestaram a terraplanagem que a Câmara de Coimbra levou a cabo no espaço, na última primavera. Dos seus pontos de vista, a intervenção promoveu a destruição total e levou à perda de biodiversidade.
O presidente da CMC, Manuel Machado, reafirmou à comunicação social que o município sempre tem evidenciado “respeito e estima pelo rio Mondego” e lembrou intervenções anteriores à proposta atual.
O autarca considera que o programa agora proposto vai continuar a cuidar das margens do Mondego de forma adequada. Na sessão de Câmara, lembrou que os trabalhos que vão ser realizados decorrem do contrato celebrado com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
À comunicação social informou que toda a zona de proteção e segurança da zona é propriedade municipal.
Sobre a proposta o vereador da CDU, Francisco Queirós, saudou a apresentação do documento, “há agora um propósito claro de avançar e corrigir a situação”, disse. Enalteceu ainda o envolvimento dos moradores e de outras pessoas interessadas. Deixou também uma nota de preocupação em relação às margens do rio Ceira.
Já a vereadora pelo Somos Coimbra, Ana Bastos, insistiu na necessidade de aproximação da cidade ao rio com a indispensabilidade de intervir nas duas margens, não só na margem direita. A vereadora considerou importante a definição de mais percursos pedonáveis ao longo do Mondego e a existência de mais pontes “para além da ponte da Portela”.
Fotografia: CMC