Dirigentes Sindicais promovem ações para sensibilizar utentes e trabalhadores
O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro promoveu esta manhã uma ação de rua para esclarecimento da população e trabalhadores sobre as dificuldades dos que laboram no setor.
A título simbólico o encontro foi marcado para a rua Ferreira Borges em frente ao Café Restaurante Nicola. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro, António Baião, em cerca de duas dezenas dos trabalhadores do Café Restaurante Nicola, o sindicato representa mais de metade. Os trabalhadores do estabelecimento fizeram chegar ao sindicato, através do advogado, uma lista das dívidas que a empresa tem para com eles.
As dívidas vêm de antes da pandemia, e dizem respeito sobretudo a subsídios de férias e de natal. No caso de alguns colaboradores daquele estabelecimento da baixa da cidade de Coimbra, os créditos para com eles remontam ao ano de 2010 e os montantes vão desde mais de três mil euros a perto de seis mil e setecentos por trabalhador.
António Baião afirmou que os trabalhadores pretendem um acordo mas que, apesar da estrutura da empresa ter novos acionistas, a resposta por parte do patronato não tem ido ao encontro das pretensões dos trabalhadores.
Antes de o assunto chegar a tribunal, António Baião insiste que os trabalhadores gostariam de ver estabelecido um acordo de pagamento dos créditos. Os dirigentes e delegados sindicais do sindicato dos Trabalhadores da Indústria Hoteleira, desenvolveram esta ação de solidariedade para com os colegas do Café Restaurante Nicola, para que sejam ressarcidos dos seus direitos.
Para além das dívidas aos trabalhadores, segundo o presidente do Sindicato, o Café Restaurante Nicola também tem entregado com atrasos de “seis a oito meses”, as quotas do sindicato que desconta no ordenado dos trabalhadores.
O dirigente sindical informou que “infelizmente” o caso do Café Restaurante Nicola não foi caso “único” na região. Os apoios estabelecidos pelo governo, durante a pandemia, exigiam que as empresas não tivessem dívidas às Finanças e à Segurança Social. Muitos dos que trabalhavam em empresas devedoras de impostos e/ou de descontos para a Segurança Social ficaram prejudicados, informou António Baião à comunicação social.
A comunicação social presente na ação de rua tentou obter declarações de algum representante da gerência do estabelecimento visado mas tal não se verificou possível.
Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro, informa que apesar de terem sido apresentadas propostas de aumentos salariais, “milhares de trabalhadores têm salários congelados há vários anos e muitos tiveram aumentos de cinco ou dez euros por força da atualização do Salário Mínimo Nacional”.
Os dirigentes e delegados sindicais continuaram depois a jornada de luta na entrada das instalações da SANFIL para esclarecimento dos utentes sobre o que consideram ser a “intransigência da APHP – Associação Portuguesa de Hospitalização Privada” em “não querer negociar os aumentos de salários para 2021”.