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Secção de Direitos Humanos da AAC publica carta aberta contra movimentos de extrema direita

A Secção de Direitos Humanos da Associação Académica de Coimbra publicou ontem uma carta aberta nas redes sociais numa tomada de posição que se opõe a qualquer tentativa passível de representar uma ameaça aos direitos humanos.

Em entrevista à RUC, a vogal de direcção, Bruna Pinho, esclareceu os motivos subjacentes à declaração. Em causa, refere a tendência para a ascensão e visibilidade dos movimentos de extrema direita no país e no mundo.

Bruna Pinho declara ser necessário que os partidos políticos e as entidades democráticas acautelem a defesa dos direitos humanos e que, para tal, não devem dar voz a personalidades cujo discurso revele direcções que constituam uma ameaça a estes valores.

A dirigente da SDH/AAC negou que a publicação esteja relacionada com acontecimentos específicos recentes, dizendo respeito a uma tendência que se tem verificado crescente em todo o mundo.

Na declaração não há menção a nomes nem a entidades como salvaguarda das intenções declaradas, negando também qualquer propósito ofensivo ou de ataque por parte da SDH/AAC, assim salienta Bruna Pinho.

A representante da SDH/AAC aproveitou ainda para referir que o departamento estará atento a discursos e movimentos gerais, e não específicos, que atentem contra os direitos humanos, distanciando-se, ao mesmo tempo, de eventuais posturas facciosas no que concerne a entidades ou grupos partidários.

Fundada em 1997, a Secção de Direitos Humanos é uma secção cultural da AAC que assume como principal missão “a denúncia das diversas violações de Direitos Humanos e a Educação e Capacitação para os mesmos: através de informação, formação e educação não-formal de e para todas as temáticas relacionadas com os direitos humanos.”

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