Carlos Miguel Lopes: “Vão caber todas as pessoas que quiserem mudar Coimbra neste projeto”
A coligação “Juntos Somos Coimbra”, o estado da cidade e as obras de requalificação da Sé Velha e do Quebra-Costas foram os principais temas no espaço de comentário do Observatório de quinta-feira.
O comentário do Observatório do dia 17 de Junho esteve a cargo de Carlos Miguel Lopes, presidente da Concelhia de Coimbra do PSD.
“Coimbra exige uma comunhão de esforços para mudar radicalmente a cidade”
Um dia antes da apresentação do mandatário da coligação “Juntos Somos Coimbra” para as eleições autárquicas que se avizinham, Carlos Lopes destacou a “riqueza das ideias” que este projeto proporciona. Uma “questão interna” do PSD pôs fim à candidatura de Nuno Freitas, o que levou a que os sociais-democratas se juntassem a CDS, Aliança, PPM, Volt, RIR e Nós, Cidadãos em torno da coligação encabeçada por José Manuel Silva. O dirigente do PSD afirma que “o caminho foi alterado, mas a substância não”.
“Coimbra tem de ser uma cidade ambiciosa”
O representante do PSD considerou que Coimbra é uma cidade estagnada que precisa de criar, produzir e de se internacionalizar, apontando que, para isso, o caminho é a industrialização. Carlos Lopes afirmou que “gostava de viver numa cidade em que nós consigamos criar condições para os mais novos ficarem e terem empregos que lhes permitam ter perspetivas de futuro”, após apontar a desertificação juvenil na cidade.
“Eu quando falo da Alta, falo muito com o coração”
As atuais obras de requalificação a decorrer na Alta também mereceram comentário, que apelou a um lado mais emocional de Carlos Lopes, que diz não haver um problema de obras, mas algo mais profundo. O comentador apontou a falta de obras na zona da Rua da Sofia ou o desaparecimento da estátua da Guitarra de Coimbra do Arco de Almedina como maus exemplos do trabalho feito na zona classificada como Património Mundial pela UNESCO. Seguindo este caminho, especula, “Coimbra corre o risco de perder a classificação na próxima reavaliação por parte da organização das Nações Unidas”.
Ainda neste tema surge a questão da Associação Ruas, da qual chegou a ser secretário-geral, mas cuja intervenção e atividade atual na preservação da Alta é “desconhecida”, apontando o dedo à Câmara Municipal e à Reitoria da Universidade de Coimbra, as duas entidades que partilham a gestão da associação.
“São momentos como o Noah que nos fazem acreditar num futuro melhor”
Fora do comentário político, Carlos Lopes quis deixar patente a importância de olhar para eventos recentes – como o aparecimento de Noah, a criança de dois anos que estava desaparecida em Proença-a-Velha – como fonte de optimismo. Numa data em que se assinalam quatro anos da tragédia dos incêndios de Pedrógão Grande, o comentador relembrou a importância de aproveitar pequenos momentos de felicidade, como os golos de Mohamed Bouldini que sempre celebra, para acreditar num futuro melhor.
Para ouvir o comentário na íntegra basta aceder ao Spotify ou consultar o link acima.