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ABIC continua a exigir prorrogação de todas as bolsas de investigação

A Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) realizou um protesto em Coimbra, Lisboa e Porto pela prorrogação de todas as bolsas em pelo menos três meses. Admite ainda a possibilidade de maior prorrogação nos “casos aplicáveis”.

A ABIC acusa o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, de ter quebrado o compromisso de alargar o “quadro legal para a prorrogação das bolsas, directa e não directamente financiadas pela FCT – a Fundação para a Ciência e Tecnologia”. Em Coimbra a manifestação realizou-se esta segunda-feira, dia 14 de junho, junto à Porta Férrea da Universidade de Coimbra.

À comunicação social, a representante da ABIC em Coimbra, Carolina Rocha, insistiu que a reivindicação se estende a todas as bolsas mesmo aquelas que não são apoiadas de forma direta pela FCT

Em abril na manifestação que a ABIC e a FENPROF realizaram nas Laranjeiras, em Lisboa, o ministro Manuel Heitor recebeu uma comissão das duas instituições e prometeu dar uma resposta até ao passado dia 5 de Maio.

De acordo com a ABIC, o gabinete do ministro enviou, no dia 24 de Maio, um projecto de despacho onde propunha a “criação de um mecanismo de atribuição de bolsas extraordinárias, em substituição da prorrogação dos contratos de bolsa”. A ABIC entende que o documento não responde às reivindicações “nem à urgência” dos bolseiros. Carolina Rocha explicou que os bolseiros e investigadores só querem ter uma vida “com direitos”.

Ao longo da última semana foram vários os testemunhos de investigadores com vários anos de bolsas que chegaram à associação de investigadores. A pandemia de COVID-19 agravou as dificuldades. A investigadora voltou a lembrá-las.

Em Coimbra o protesto contou com a presença da FENPROF na pessoa de Sérgio Dias Branco e também do vereador da CDU na Câmara Municipal de Coimbra, Francisco Queirós.

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