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Ministra da Saúde, Bastonário da Ordem dos Médicos e Champions League

A Ministra da Saúde, Marta Temido, e o Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, estiveram hoje no Convento de São Francisco no âmbito do 23º Congresso Nacional da Ordem dos Médicos e prestaram declarações aos órgãos de comunicação social sobre as questões mais prementes no actual estado da saúde em Portugal.

 A  indignação da população gerada pelos mais recentes acontecimentos no Porto foi alvo das questões dos jornalistas. A este respeito, apesar de considerar que o evento da final da Champions League não traz nenhumas vantagens para os portugueses nem prestígio ao país, Miguel Guimarães sugere que a verdadeira reflexão deve incidir sobre os riscos que as visitas destes adeptos acarretam para o turismo em Portugal pelos atos que lhes são caracteristicamente associados.

Miguel Guimarães refere ainda que estes acontecimentos colocam em causa alguma autoridade do governo ao gerar um grande sentimento de injustiça na população. A este respeito, deixa um apelo.

Já Marta Temido, quando questionada sobre uma eventual incongruência entre as mensagens que a estratégia do governo tem vindo a transmitir, desvaloriza ao reforçar o sentido de responsabilidade que os cidadãos devem continuar a manter.

A ministra admite ainda a dificuldade de controlo sobre movimentos que potenciam o risco de transmissão. No entanto, situações de incumprimento não podem servir de alibi.

Os representantes também se pronunciaram sobre o estado das listas de espera e de atendimento aos doentes.

Por um lado, a Ministra da Saúde traça um cenário bastante positivo, salientando o aumento do número de consultas e de cirurgias, aproximando-se daqueles registados em períodos pré-pandemia recentes. Este crescimento, sublinha, é resultado dos mecanismos de incentivo financeiro para a atividade assistencial adiada.

Já Miguel Guimarães refere que, neste momento, é necessário “estratégia, investimento e vontade política” para dar resposta às listas de espera pois continua a haver doentes por identificar e que ficaram sem diagnóstico e tratamento durante o período de restrições pandémicas.

Sob o tema “A ciência em tempo de pandemia”, o congresso traz à cidade, até à próxima quinta-feira, 61 sessões de trabalho com cerca de 1800 congressistas e mais de 200 oradores.

Fotografia: Portal do SNS

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