Manifestação anti-fascista à CHEGAda de André Ventura
A Praça 8 de Maio foi o ponto de partida da manifestação “Fascista Não Entra aqui”, a reposta de vários grupos activistas da cidade ao congresso do Chega que se realiza este fim-de-semana.
“Fascistas não passarão” e outras palavras de ordem ecoaram hoje desde as seis da tarde na praça 8 de Maio. A manifestação que juntou algumas centenas de pessoas na Baixa teve como alvo a realização do congresso do partido CHEGA e a presença do seu líder, André Ventura, em Coimbra.
Em menos de 30 minutos a praça encheu-se de faixas e manifestantes vestidos maioritariamente de preto, como tem vindo a ser habitual nos movimentos anti-fascistas de todo o mundo. Aos microfones da RUC, Dani, um dos muitos organizadores, explicou a pluralidade da manifestação e daquilo que defendem.
Naquilo que é um resposta direta à presença do partido de extrema-direita na cidade, outro dos membros da organização, Inês, fez questão de frisar que estes movimentos são apenas um sintoma da sociedade portuguesa. As causas, essas, é que devem ser atacadas, com devida atenção ao extremar dos próprios movimentos ativistas.
O dia até ao momento já tinha contado com outras ações na cidade em reação a André Ventura, nomeadamente a repudiação por parte da DG-AAC da escolha desta data para a manifestação do partido. Inês aplaudiu a ação da Direcção Geral por esta causa comum, e deixou um apelo aos estudantes e cidadãos da cidade de Coimbra para que se juntem ao movimento.
Entre anti-fascistas e críticos do CHEGA, a praça 8 de Maio encheu-se não só de vozes, mas de faixas e cartazes contra André Ventura, tal como esta a empunhada por Rodrigo e por ele descrita:
O grupo que esperava a chegada da marcha do CHEGA à baixa de Coimbra, mudou os seus planos ao ser informado que a comitiva de André Ventura se iria afinal dirigir à praça Heróis do Ultramar, na Solum. Os manifestantes rapidamente pegaram em “armas e bagagens” com a intenção de ir ao encontro da marcha e confrontar o líder de extrama-direita com as suas palavras de ordem.
A polícia de segurança pública presente no local tentou controlar o melhor possível a deslocação dos manifestantes, fechando-os temporariamente na praça 8 de Maio até as condições de segurança estarem garantidas. As palavras de ordem voltaram-se para deixar o grupo movimentar-se.
A deslocação da marcha do CHEGA e da contra-manifestação anti-fascista continuou a ser controlada pelas forças de segurança que tentaram evitar confrontos entre os dois grupos, tendo esta contra-manifestação encontrado uma barreira policial nos Arcos do Jardim.
Este domingo haverá nova manifestação contra a extrema-direita portuguesa, desta feita no Largo de D. Dinis.