AAC repudia marcha do Chega em Coimbra: “São estes os portugueses de bem?”
Hoje o dia 28 de maio, fica marcado pela tomada de posição da Associação Académica de Coimbra(AAC) perante a presença do partido Chega em Coimbra. O partido marchou durante a tarde em nome dos “portugueses de bem”numa data que coincide precisamente no dia em que Portugal enveredou no regime político autoritário que perdurou até 1974.
Em conferência de Imprensa, o presidente da Direção-geral da AAC (DG-AAC), João Asunção apresentou a repúdia da maior academia do pais à marcha do Chega.
“Quem são os portugueses de bem?” é a questão lançada pela AAC neste 28 de maio. O documento recorda os tempos do regime ditatorial e também as crises académicas de 1962 e 1969. João assunção realça que este é um dia para não esquecer.
Quem pela rua padre António Vieira passa, inevitavelmente olha para o edífico da AAC coberto de preto, realçando o cartaz que contém as figuras de Óscar Carmona, António de Oliveira Salazar,
Marcello Caetano e Américo Tomás, deixando a questão se “são estes os portugueses de bem?”. João assunção explica o seu significado
O presidente da Dd-AAC realça que esta é uma tomada de decisão que não traz receio à AAC , e que posições como esta vão ser tomadas sempre tendo em conta os valores da academia
A AAC realça que esta sexta-feira é um dia para elevar que a academia mantém “os seus valores da liberdade, igualdade e dignidade do indivíduo”, reiterando com a mensagem de que “Aqui não marcham portugueses de bem. Resiste a cidadania, a democracia, a liberdade. Porque nós não nos esquecemos”, concluem os estudantes