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Mariana Rodrigues: “A Associação Académica de Coimbra deve ser politizada, nunca partidarizada”

O projeto “Quarentena Académica”, os testes à covid e a III Convenção Nacional do Chega! foram os principais temas discutidos por Mariana Rodrigues no espaço de comentário do Observatório desta terça-feira.

Mariana Rodrigues, ex-vice-presidente da direção geral da Associação Académica de Coimbra (AAC) e fundadora da plataforma “Quarentena Académica”, foi a responsável pelo comentário do Observatório de dia 25 de maio.

“Esta medida [atribuição de bolsas extraordinárias] peca por tardia”

No dia em que o ministro Manuel Heitor anunciou no parlamento a atribuição de bolsas extraordinárias aos bolseiros científicos que viram o seu trabalho prejudicado pela pandemia, Mariana Rodrigues afirma que esta é uma medida essencial, mas que devia ter vindo mais cedo e lembra que foi necessária uma manifestação da Fenprof e da ABIC e pressão dos grupos parlamentares de esquerda. No entanto, a fundadora do projeto “Quarentena Académica” relembra que ainda não se sabe em que moldes vão ser atribuídas as bolsas.

“A ‘Quarentena Académica’ necessita de repensar o seu propósito”

Em relação à iniciativa que fundou e que “foi criada para resolver as situações específicas durante a pandemia”, Mariana Rodrigues afirma que as queixas continuam mais ou menos as mesmas, mas que, como a pandemia está em fase de decréscimo, a plataforma tem de ser revista. A antiga vice-presidente da direção geral da AAC aponta que as instituições eleitas devem estabelecer ligações fortes com os movimentos orgânicos, como é o caso “Quarentena Académica”.

“A testagem é uma forma de assegurar a confiança no ensino presencial”

Com a diminuição da resposta à testagem organizada pelos órgãos do ensino superior, Mariana defende que o testes dependem de uma série de variáveis, como o número de alunos que vão às aulas e, por isso, não se pode deduzir o desleixo dos alunos, embora considere que é importante não os desresponsabilizar.

“Espero que os dirigentes da AAC condenem a existência de um comício do Chega! em Coimbra”

Enquanto se realiza o Movimento Europa e Liberdade, em  Lisboa, avizinha-se também a III Convenção do Chega!, a ter lugar nas Caves de Coimbra. Mariana Rodrigues lembrou José Mário Branco no dia em que se comemoraria o seu 79º aniversário, afirmando que ele ficaria “muito triste” se visse o que se está a passar hoje, deixando duras críticas à forma como a direita portuguesa vai acolhendo o Chega! no seu espaço político. A ex-representante da AAC recorda o passado de Coimbra como “berço da democracia” no país e apela à associação para que se demarque do partido na sua vista à cidade.

Por fim, Mariana Rodrigues acrescentou que, não estando completamente por dentro do processo eleitoral, não concorda que as eleições se aconteçam após o término das aulas presenciais, uma vez que pode significar um aumento da abstenção e uma consequente perda do processo democrático.

Pode ouvir a entrevista na íntegra acima, em formato podcast.

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