Coração e alma foram a ‘chave’ para 3 pontos vitais
A Académica recebeu e bateu este sábado (24) o GD Chaves por duas bolas a uma, dando um passo de gigante na luta pela subida ao escalão principal.
Entrada a todo o gás
A 5 jornadas do fim, e com tudo em aberto, os comandados de Rui Borges sabiam da importância desta partida. A Académica ia defrontar um adversário direto, que tinha inclusive vantagem no confronto direto, pois na 1ª volta a turma flaviense venceu a Briosa por 2-1. Assim, seria de esperar que depois de uma série de maus resultados e de exibições menos bem conseguidas, a tendência se mantivesse, e que a Académica entrasse tremida e receosa. Muito pelo contrário. Os estudantes entraram com tudo, muito pressionantes e sem deixar o Chaves ter bola. Naturalmente, as oportunidades surgiram: Sanca teve um remate muito perigoso após cruzamento de João Traquina, e o goleador habitual, Mohamed Bouldini, rematou com estrondo à barra da baliza de Paulo Vítor, à passagem da meia hora. Mas como já é sabido, quem não marca sofre. E já nos minutos finais da primeira parte, Leandro Sanca a perder a bola em zona proibida e João Correia a aproveitar da melhor forma, colocando os ‘Valentes Transmontanos’ em vantagem ao intervalo, completamente contra a maré do jogo.
Segunda parte ainda mais dominante
Vinda do balneário, e depois de uma primeira parte frustrante, a Académica não baixou os braços e continuou a lutar. Voltou a pressionar alto, e a sufocar ainda mais a equipa flaviense, que pouco ou nada conseguiu fazer no segundo tempo. E aos 51 minutos, novo lance de destaque: lançado ao intervalo, Mayambela assistiu Bouldini que no frente a frente com Paulo Vítor a rematar ligeiramente ao lado. Era desperdiçada mais uma oportunidade clamorosa, e o relógio começava a pesar… O tempo passava e a Académica continuava a não conseguir traduzir o avassalador domínio em golos, até que ao minuto 76, Ricardo Dias, num brilhante lance individual, a ‘dançar’ na grande área contrária e a ‘sacar’ uma grande penalidade. Chamado à conversão, o capitão Zé Castro não vacilou e fez o 2º golo em 2 jogos desde que regressou de lesão.
A sorte procura-se…
Ainda com cerca de um quarto de hora para jogar, não era altura para conformismos. O golo veio trazer ânimo, e o pé continuou no acelerador. A Académica era a única equipa em campo a querer mais, e como se costuma dizer, a sorte procura-se. À passagem do minuto 83 o recém-entrado Filipe Chaby a bater um pontapé de canto do lado direito do ataque, Paulo Vítor a sair-se em falso e o suspeito do costume, Mohamed Bouldini a cabecear contra a cabeça de Vasco Fernandes que acaba por ter a infelicidade de introduzir a bola na própria baliza. O resultado de 2-1 manteve-se até ao final, havendo ainda tempo para 2 expulsões: Luís Rocha por protestos, e, após o apito final, Paulo Vítor, por dar uma ‘cabeçada’ em Bouldini.
Com este resultado, a Académica isola-se no 3º lugar, que dá acesso a ‘play-off’, a 3 pontos do segundo classificado Vizela. Faltam 4 jogos, 4 finais, e todos os pontos contam. O próximo é frente a outro adversário direto, o Arouca, no dia 3 de maio pelas 20 horas. Jogo para acompanhar, claro está, em 107.9FM ou ruc.pt. Força Briosa!