Governo atribuiu 1.364 milhões de euros para “consórcios” entre Instituições do Ensino Superior e empresas
O investimento destina-se a serem criados e desenvolvidos produtos cuja tecnologia, de preferência, já tenha sido pantenteada pelas Instituições de Ensino Superior.
O primeiro ministro, António Costa revelou na sexta-feira (16), em Coimbra, na apresentação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que o Governo tem 1.364 milhões de euros para apoiar “consórcios” entre Instituições do Ensino Superior (IES) ou Centros de Investigação e empresas.
O programa que António Costa classificou de “Alianças mobilizadoras”, além de ter disponíveis 1.364 milhões, valor que poderá aumentar, não pretende apoiar “100 projetos”, mas antes “quatro, cinco, seis, sete, oito”, num processo “muito seletivo” que aposta em iniciativas que possam fazer “uma diferença significativa”, assegurou.
Para o primeiro-ministro “não faltam nas universidades, nos politécnicos, nos centros de investigação, projetos, ou saber, “mesmo à espera de um dote para o casamento necessário com as empresas”.
O desafio passa agora por as IES “olharem para o produto da sua investigação que já está num estado de suficiente maturidade” e transformarem-no “de forma inovadora” e assim “melhorar, ou mesmo aumentar, o perfil” da economia portuguesa, explicitou António Costa.
Em relação ao programa de “Alianças mobilizadoras”, o primeiro-ministro afirmou também que gostaria que dos “consórcios” venham a fazer parte as autarquias para ajudarem a “estabelecer pontes” e exemplificou áreas em que os municípios podem vir a a ter um papel facilitador.
Durante a sua intervenção, o governante destacou também outros investimentos no PRR que carecem da colaboração das IES, nomeadamente a qualificação de recursos humanos. A aposta na (re)qualificação dos “adultos” nos jovens através do programa “Impulso jovem” são apenas algumas das necessidades em agenda.
As Instituições de Ensino Superior serão “centrais” em tudo o que diga respeito ao “alojamento estudantil a custos acessíveis”, disse o primeiro ministro no Convento São Francisco em Coimbra. Os programas governamentais terão também de serem executados em parceria com as IES, enfatizou.
(com Agência Lusa)
Fotografia: CMC