CHUC assinala Dia Nacional do Doente com AVC
O CHUC reforça a atenção que devemos ter com os sinais de alarme para AVC e que devemos sempre ligar para o 112 o mais rápido possível, evitando adiar e prejudicar o tratamento da doença, a nossa saúde e o nosso futuro.
Assinalou-se ontem, 31 de março, o Dia Nacional do Doente com AVC. O objetivo deste dia passa por sensibilizar a população para a realidade da doença em Portugal e promover a melhoria das práticas profissionais de saúde prestadas aos doentes com AVC.
Para comemorar o dia, a Unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais, do Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), envia uma mensagem de encorajamento a todos os lutadores e sobreviventes, honrando também aqueles cujas vidas foram interrompidas ou condicionadas por um AVC.
A mensagem é “de esperança” mas também de aviso para as consequências da doença, como conta João André Sousa, médico da Unidade de AVC do CHUC.
O AVC tem sido persistentemente a principal causa de morte, incapacidade e de anos de vida perdidos em Portugal. Em 2019, cerca de 11 mil pessoas perderam a vida devido a um AVC. As contas em 2020 estão por fazer, mas é previsível uma disputa entre AVC e a infeção COVID-19, que vitimou cerca de 7000 cidadãos nacionais no ano passado.
Já certo é que, por hora, o AVC afeta três portugueses, tirando a vida a um e deixando outro com sequelas graves. São os números que nos tornam o país da Europa Ocidental onde mais se morre vítima de AVC. João André Sousa explica que, além destes números, também estamos no pódio a nível europeu com outras doenças que causam AVC, como a hipertensão arterial e a diabetes.
O AVC não é um acontecimento inevitável, sendo uma doença que pode ser prevenida através das escolhas e hábitos quotidianos. Por isso, o médico da unidade de AVC deixa alguns conselhos.
O CHUC avisa que “se temos uma vida inteira para prevenir um AVC, só dispomos de algumas horas para o conseguir tratar e evitar sequelas”, e é necessário as pessoas estarem atentas e reconhecerem os sinais de alarme para AVC.
A pandemia provocada pela covid-19 trouxe algumas dificuldades e desafios adicionais na abordagem ao doente com AVC, como constata João André Sousa.
Apesar da pandemia, o vírus não comprometeu o tratamento de AVC, e por isso, o CHUC afirma que pode dizer “com confiança à população da região centro que, apesar dos constrangimentos, o seu tratamento não foi significativamente comprometido, reforçando assim a relação de mútua confiança entre os serviços hospitalares e a população que serve”.
Em nota final, João André Sousa afirma que o futuro “é risonho” para atuais e futuros doentes com AVC, porque o tratamento está a evoluir consideravelmente.
Neste âmbito, também a Sociedade Portuguesa do AVC vai assinalar este dia com um conjunto de webinars que fazem parte do programa de atividades da Quinzena do AVC, que começou a 24 de março e vai estender-se até 7 de abril, Dia Mundial da Saúde. Todas as informações dos eventos estão disponíveis nas redes sociais da Sociedade Portuguesa do AVC.