Catarina Costa: “É sempre uma honra vestir as cores da Académica”
A preparação para os Jogos Olímpicos, o curso de Medicina e o sonho Academista em entrevista com a super atleta do judo da Académica, Catarina Costa.
Catarina Costa, atleta da Secção de Judo da Associação Académica de Coimbra (SJ/AAC), esteve presente no Observatório de hoje (dia 30).
A atleta academista começou o ano de 2021 em bom nível: três quintos lugares consecutivos na categoria de -48 quilos, o último dos quais na última semana no Grand Slam de Tbilisi na Geórgia. Na perspetiva de Catarina Costa falta afinar alguns pormenores na sua preparação para atacar as medalhas. A judoca da “Briosa” admite, no entanto, que acusou um pouco o cansaço nas últimas provas e relembrou que os grandes objetivos estão, ainda, por chegar: Europeus, Mundiais e claro, Jogos Olímpicos.
2021 é ano atípico com Europeus, Mundiais e Jogos num só ano.
A pandemia abalou o mundo desportivo e forçou a alteração da data dos Jogos Olímpicos (JO) de 2020 para 2021. A alteração provocou a concentração das duas maiores competições de judo do mundo para um espaço inferior a um mês. Catarina Costa não esconde a ambição e quer lutar pelas medalhas quer nos Mundiais, quer nos Jogos. No entanto, antes dos Mundiais há, ainda, os Europeus da modalidade. Um ano muito atarefado e que foi alvo de uma preparação especial por parte da equipa de Catarina Costa, como explicou a judoca aos nossos microfones.
Jogos Olímpicos são o grande sonho de Catarina Costa
Os Jogos Olímpicos que vão decorrer no verão de 2021 em Tóquio utilizam o ranking mundial da modalidade como forma de qualificação para a competição. Os 18 melhores de cada categoria garantem vaga direta, respeitando-se o limite de um atleta por país em cada categoria. Nesse sentido, Catarina Costa admite que os mundiais têm uma importância redobrada em 2021. Em primeiro lugar pela importância da prova em si, mas também porque este ano os Mundiais vão ser fundamentais na luta por uma vaga como cabeça de série nos JO. A judoca portuguesa recordou que vão estar “2000 pontos para o ranking mundial” e que uma classificação como cabeça de série pode ser muito importante na luta por um bom resultado em Tóquio. Questionada sobre a medalha de sonho, Catarina Costa foi rápida e respondeu prontamente: “Se tiver de escolher, escolho uma medalha nos Jogos”.
Medicina ficou em espera
No meio da tanta competição e com objetivos tão importantes à porta, a atleta da Académica teve de suspender a matrícula na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC). Atualmente, no quinto ano do curso, a judoca academista suspendeu o percurso académico para preparar melhor as provas que se avizinham. No entanto, as prioridades de Catarina Costa são claras e a judoca frisa que o curso é para acabar e que em setembro estará pronta para regressar à Faculdade. A judoca da Académica deixou, ainda, uma série de mensagens para aqueles que auspiram conciliar uma vida desportiva com a Universidade: “É possível, mas é preciso sacrifícios.”. No entanto, Catarina Costa não tem dúvidas: “no final, tudo vale a pena. ”
Académica era um sonho
A Secção de Judo da AAC é um dos clubes mais antigos da história do Judo em Portugal, contando com mais de 50 anos de história. Catarina Costa não escondeu o orgulho de representar o clube da cidade onde nasceu. A judoca da Académica destacou as boas condições que a Académica dá aos seus atletas e rasgou largos elogios à estrutura Academista. Para Catarina Costa, há muita qualidade no seio da secção de judo da Briosa, havendo mais atletas com condições para lutar por medalhas em provas nacionais e internacionais. A judoca conimbricense abordou, ainda, aspetos relativos ao judo nacional e elogiou nomes como Nuno Delgado ou Telma Monteiro, ambos medalhados olímpicos em 2000 e 2016 respetivamente. Será Catarina Costa a próxima? Teremos a resposta em Tóquio no próximo verão em mais uns jogos olímpicos.
O programa pode ser escutado na integra no Spotify ou no serviço de podcast RUC.