Nascer em Coimbra considera que foco da discussão sobre a nova maternidade não é o correto
A construção da nova maternidade em Coimbra é um assunto discutido há algum tempo, com diversas perspetivas. O movimento “Nascer em Coimbra” pretende que a discussão se foque na humanização do parto, em vez de priorizar fatores económicos, geográficos e políticos.
O movimento “Nascer em Coimbra” apresentou dia 24, em conferência de imprensa, a posição pública do movimento sobre a Nova Maternidade de Coimbra.
Para Tiago Rolino, um dos elementos do movimento, há urgência na construção da nova maternidade, “para que Coimbra possa continuar a responder às atuais necessidades”, assunto discutido há já algum tempo. Porém, considera que o foco da discussão não é o mais correto e essencial, pois este deveria recair principalmente na “humanização do parto”.
O “Nascer em Coimbra”, que surge no início de 2020, é um movimento criado por um grupo de pessoas focadas na promoção da humanização do parto e da informação no âmbito dos direitos sexuais e reprodutivos, entre outros objetivos, como explica Monalisa Barros, um dos membros do grupo.
Enquanto a nova Maternidade não for construída, o movimento considera que é necessário focar na situação das atuais Maternidades, a Daniel de Matos e a Bissaya Barreto, que integram o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Segundo o “Nascer em Coimbra”, as maternidades do CHUC devem atualizar alguns dos seus serviços a partir das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), como afirma Monalisa Barros.
Segundo o movimento, “esta situação está a roubar às famílias o momento irrepetível do nascimento dos seus filhos e a afetar a saúde mental de mães, pais e bebés”. Tiago Rolino revela alguns problemas que se vivem nas maternidades e que pioraram durante o primeiro confinamento, provocado pela pandemia de covid-19, nomeadamente a suspensão dos direitos dos acompanhantes das grávidas.
Neste segundo confinamento, as grávidas já tiveram direito a acompanhante durante o parto e pós-parto, porém o grupo é da opinião que “passos mais arrojados podiam ser dados no sentido de garantir uma experiência de parto positiva às famílias”, nomeadamente a presença do acompanhante nas consultas de assistência à gravidez, nas ecografias e nas salas de pré-parto.
O movimento “Nascer em Coimbra” desenvolve várias atividades de apoio e defesa das mulheres na gravidez e no parto, entre elas a campanha “Parir Sozinha, em Coimbra, Não!”, lançada no início de março de 2021, que pede às mulheres para se manifestarem em relação à presença de parceiros/as no parto. O grupo
Todas as atividades e informações estão disponíveis nas redes sociais (Facebook e Instagram) do movimento “Nascer em Coimbra”.