José Manuel Mendes: “Não consigo entender que se banalize o estado de emergência”

Hoje foi o dia mundial da água. José Manuel Mendes considera a gestão da água essencial a nível geopolítico. Sobre Portugal, o comentador diz que há consumo excessivo de água e fraco aproveitamento das águas. Para o professor, os estados têm obrigação de oferecer água de qualidade aos cidadãos e cidadãs e não deve haver privatização deste bem escasso.

José Manuel Mendes comentou o Programa Municipal para as Alterações Climáticas que será alvo de consulta pública em breve. O investigador apelidou o plano de fundamental, e chamou a atenção para necessidade de consistência e integração entre os planos de vários níveis administrativos.

O professor mostrou-se surpreendido com a dimensão da manifestação contra a gestão da pandemia que ocorreu ontem em Lisboa. Para José Manuel Mendes, não se deve desvalorizar um movimento que consegue mobilizar tanta gente. O comentador diz que a manifestação misturou muitas coisas. Para o professor, muitos dos argumentos apresentados pelos manifestantes não têm base científica. No entanto, o investigador critica a ambiguidade das autoridades na comunicação das regras e a “banalização do estado de emergência”.  Outro ponto visado pelo comentador foi a abordagem “top-down” que tem sido seguida pelas autoridades, sem ouvir nem envolver a sociedade civil na tomada de decisão.