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Pandemia vinca desigualdades e SUPERA tem plano por aprovar há mais de um ano na UC

Em inquérito recente concluíram que a diminuição da produção cientifica na Universidade de Coimbra é mais marcada nas mulheres. A coordenadora do SUPERA na UC disse ter expectativa de que a aprovação do plano de ação está para breve.

 
Desde a implementação na Universidade de Coimbra do projeto internacional SUPERA, que a instituição integra desde 2018 através do Centro de Estudos Sociais (CES), já foi possível fazer um diagnóstico das desigualdades de género e até um segundo inquérito sobre os impactos das medidas de recolhimento obrigatório. O plano de ação que implementaria as ações concretas e a estrutura interna de suporte ao combate efetivo das desigualdades segue, porém, em espera. A investigadora do Centro de Estudos Sociais (CES) e coordenadora do SUPERA na Universidade de Coimbra, Mónica Lopes, foi entrevistada para a RUC e disse ter expectativa de que a aprovação do plano de ação por parte da reitoria aconteça num futuro próximo, mas já com mais de um ano de atraso em relação ao previsto.

No contexto académico de Coimbra são as mulheres, docentes e investigadoras, e os homens e mulheres com menores pequenos a cargo, quem apresenta maiores dificuldades de produtividade desde que a pandemia começou. De acordo com Mónica Lopes, a confirmação deste cenário por parte da equipa de investigação vem acrescentar ao contexto existente de um “progresso em números” onde, embora existam mais mulheres a trabalhar no meio académico, um aumento da representação não corresponde a um acréscimo substancial de relevância.

Apesar do atraso significativo no cumprimento dos objetivos do projeto SUPERA a investigadora sublinhou como positivas a integração da igualdade de género no Plano Estratégico da UC, e as futuras regras que, no próximo quadro de financiamento europeu, venham obrigar a uma maior atenção na promoção dessa igualdade.

 

[publicado a 11/02/2021; republicado a 5/03/2021]

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