Carta aberta às televisões pede informação sóbria e critica “obsessão opinativa”
O Observatório desta quinta-feira, dia 25, contou com a participação de Maria Rosário Gama, presidente da aPRE e Norberto Pires, professor na FCTUC.
O programa foi dedicado ao tema da carta aberta às televisões generalistas, assinada esta semana, que pede maior comedimento na informação sobre a COVID-19.
Maria do Rosário Gama, subscritora desta carta, afirma que a informação tem sido agressiva e podia ser evitado passar certas imagens chocantes na televisão. Sublinha ainda que este tipo de informação excede o necessário e que muitas vezes certas questões são colocadas num tom acusatório.
Maria do Rosário Gama: “É uma promiscuidade com que não posso concordar”
Já Norberto Pires, embora sensível a aspectos éticos na prestação da informação, acredita que esta deve ser veiculada de forma precisa e detalhada e que é necessário questionar os especialistas, os cientistas e o próprio Governo. Na sua opinião, só com a informação será possível vencer esta pandemia e realça que não sentiu nenhum excesso por parte das televisões neste sentido. Sublinha ainda que a sua preocupação é que as perguntas não sejam feitas e que certas respostas não sejam dadas.
Norberto Pires: “Não vi nada de especial. Não me senti de forma alguma agredido nem vi em lado nenhum nada de muito excessivo”
Houve ainda tempo para falar da vacinação, da estagnação da economia e das repostas do Governo quanto às medidas a serem aplicadas para conter o impacto negativo da pandemia.
Pode ouvir o comentário na íntegra no podcast de hoje.