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RUC celebra 39 anos “a puxar cabo”
A Rádio Universidade de Coimbra apresenta a programação das celebrações do seu 39º aniversário, com incisão na música, performance, jornalismo e na poesia.
A Rádio Universidade de Coimbra assinala o seu 39º aniversário a 1 de março – data em que, em 1986, a estação deixou de ser Centro Experimental de Rádio e passou a vestir a pele de RUC.
O grande destaque deste 39º aniversário vai para Telectu, dupla que encerra as comemorações no Teatro Académico Gil Vicente a 29 de março, pelas 21h30. O projeto original é mais velho do que a própria rádio (remonta a 1982) e marcou para sempre a música experimental em Portugal. Se a princípio o duo era composto por Vítor Rua e Jorge Lima Barreto, agora apresenta-se com Ilda Teresa Castro a fazer parelha com Vítor Rua.
No entanto, a programação musical não fica por aqui, e a calendarização na íntegra por ordem cronológica segue em baixo.
28 de fevereiro: Rare Romance
A Casa das Artes Bissaya Barreto recebe a convite da RUC a dupla portuense Rare Romance. A união entre Rafaela Machado e Beatriz Martins traz uma amplitude eclética de sonoridades que passam pelo o industrial e pelo dub, e por formatos de dança de techno e electro. A sua seleção musical inédita já marcou noites no Passos Manuel, Ferro Bar, Gare e Arroz Estúdios, além de DJ sets para as plataformas Alínea A e Yé Yé Rádio.
O mês de sextas feiras na Casa das Artes Bissaya Barreto contou ainda com a participação dos RU(ianos Pêra Roxa, André Tejo e Filipe Furtado, escolhidos pela mesma.
Com um preço de entrada de 2€, é o primeiro evento na programação das celebrações radiofónicas.
1 de março: Festa de aniversário RUC
O habitual momento festivo de aniversário terá lugar na República da Praça, a ser comandado por DJs RUC das 23h às 06h.
A guiar a pista pela noite dentro, alguns dos locutores RUC assumem os decks com o seguinte alinhamento:
- 23h-00h30: tendernez
- 00h30-01h30: ana marques
- 01h30-02h30: Rivers
- 02h30-03h30: Mao Tsé-Tuntz
- 03h30-04h30:Três e Meia
- 04h30-06h: Bass Babes
6 de março: Plasticidade da Poesia – Roda de conversa
Sob alçada do tema “Poesia” da XVII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, a RUC apresenta o primeiro evento desta temática.
Uma roda de conversa como tema a natureza transformativa da poesia enquanto instrumento discursivo, e com moderação da radialista e jornalista Ana Rita Rodrigues, a discussão terá a participação de Susana Chiocca, artista visual e performer, doutorada pela Universidade de Belas Artes de Cuenca, Susana Araújo, ensaísta e ficcionista, docente da Universidade de Coimbra e membro do Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa, Graça Capinha, professora auxiliar do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e Mattia Faustini, membro da Secção de Escrita e Leitura da Associação Académica de Coimbra e investigador júnior do CES, doutorando em “Discursos: Cultura, História e Sociedade”.
O evento é de entrada livre no Teatro de Bolso do TEUC no edifício da Associação Académica de Coimbra às 18h.
7 de março: Plasticidade da Poesia – “A Palavra em Palco e em Performance”
A atividade Plasticidade da Poesia terá um segundo andamento no Centro de Artes Visuais (CAV) às 18h, no dia 7 de março com entrada livre, onde elementos da Secção de Escrita e Leitura da Associação Académica de Coimbra vão estar a apresentar o repertório do seu trabalho seccionista, mantendo o mote de promover a cultura literária em apresentações públicas.
A tarde segue com a performance conjunta entre Susana Chiocca e Pedro André cuja colaboração tem início em 2022 e consiste no spoken word de Chiocca em leitura de textos escritos por mulheres como Djiaimilia Pereira de Almeida, Olga Novo ou Cláudia R. Sampaio, articulada com o som sintetizado de Pedro André, artista visual e sonoro, que 2020 a 2021 foi compositor do Museu da Cidade do Porto. Uma entrega com contornos políticos e incisivos aliada à criação harmónica, incluído na programação da XVII Semana Cultural da Universidade de Coimbra.
8 de março: Conversa “Desafios dos Media Alternativos”
No dia 8 de março, às 16h00, o jornalismo toma as rédeas da programação de aniversário RU(iana. A conversa faz-se na própria sede da RUC, no Terraço Afonso Macedo, inaugurado ainda no 37º aniversário. Este momento conta com Nuno Viegas, jornalista do projeto Fumaça; Filipa Queiroz, jornalista Freelancer; e José Luís Garcia, Investigador Principal do quadro do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
Ponderando a atualidade mediática portuguesa, estes intervenientes debatem os Desafios dos Media Alternativos, sob a moderação de Gonçalo Pina, integrante do departamento de informação RUC.
15 de março: c-mm
No dia 15 de março o espaço sede da Rádio vai alojar o concerto do quarteto de noise-rock lisboeta c-mm, pela primeira vez a atuar em Coimbra, a banda composta por Matilde na voz, Gui no baixo, João na bateria e Diogo na guitarra, vai amplificar o corredor da RUC.
C-mm conta com um lançamento de 4 faixas neste 2025 com o nome “Dar a Volta”, gravado por André Isidro no Duck Tape Melodies e masterizado por Tomé Silva, juntando ao seu repertório que em 2024 iniciava com os dois singles “Zé Gato” e “Chão Molhado”, a banda que faz parte do coletivo e editora de Lisboa GRAVV, entra para a já vasta lista de oferta cultural promovida pela RUC e promete amplificar a alto e bom som o espaço físico da RUC
O evento é de entrada livre e convida a comunidade a conhecer a rádio por dentro.
22 de março: Futebolada RUC
O espírito futebolístico da RUC, incorporado no tão conhecido departamento de Relatos, toma conta do Campo de Santa Cruz, para uma tarde onde se celebra este desporto. No dia 22 de março, das 17h00 à meia-noite, vai ser dinamizada uma Futebolada à moda da RUC, com muita música, cerveja e ânimo.
Aberto a todas as equipas, o bom desportismo acompanha a programação do 39º aniversário sem cabos pelo caminho. A inscrição dos jogadores será feita num formulário em breve disponível nos suportes digitais da RUC.
29 de março: Telectu
O momento final nas celebrações de aniversário tem lugar às 21h30, no Teatro Académico de Gil Vicente, com a dupla Telectu, atualmente composta por Vítor Rua e Ilda Teresa Castro, retomando o projeto criado em 1982 por Vítor Rua e Jorge Lima Barreto, num dos momentos mais importantes do pioneirismo da musicalidade experimental em Portugal.
O repertório de Telectu, caracterizado pela música improvisada, mimética, concreta, electrónica e acusmática, ressurgiu em 2019 com Vítor Rua e Ilda Teresa Castro, que têm apresentado a performance ao vivo “Tau Ceti”, considerada pelos próprios compositores um retorno de memória e recriação das sonoridades de “Belzebu”(1983) e “Off Off”(1984), tendo já sido apresentado no Vivarium Festival, Zigur Fest, Waking Life, Ciclo de Música Exploratória Portuguesa, entre outros eventos e diversas salas, vai ser pela primeira vez ouvido em Coimbra e acompanhado de suporte visual criado pelo falecido artista plástico e pintor António Palolo, ainda durante o “primeiro Telectu”.
Vítor Rua, guitarrista, compositor e produtor, uma das figuras centrais na experimentação musical em Portugal, foi um dos fundadores da banda GNR, que abandonou focando-se na criação de Telectu com Jorge Lima Barreto em 1982, afastando-se das sonoridades de rock e em gesto autodidata mergulhando nas produções eruditas de transformação do som, mantendo uma abordagem de exploração de novas possibilidades tímbricas e texturais, que são basilares à musicalidade de Telectu, é um dos nomes incontornáveis na história da música portuguesa.
Ilda Teresa Castro, artista interdisciplinar e investigadora científica na área da ecologia, articula as artes visuais, sonoras e a escrita com a consciencialização ecológica. Desde 2018 que é parte integrante de Telectu e de The Banksy’s desde 2019. Enquanto ecoartista, desde 2006, desenvolve projetos multidisciplinares num cruzamento entre arte, ecologia e ciência, centrados nos domínios da eco-crítica, ambiental e animal.
O grafismo desta edição é de autoria de Kali Mera e de Bernardo Macedo.
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