O regresso de Ana Tijoux ao FMM
O segundo dia no Castelo do FMM Sines ficou marcado pelo regresso da artista franco-chilena aos palcos do Festival.
Bia Ferreira
Os concertos do dia 28 no Castelo de Sines começaram com uma atuação que fez arrepiar o público.
Bia discursou de maneira potente sobre temas como a luta antirracista, questões de género e LGBTQIA+, política no Brasil, anticolonialismo, entre outros.
O público rapidamente se juntou à artista para cantar as músicas “Cota Não é Esmola” e “Sharamanayas” (palavra que segundo Bia Ferreira espanta tudo o que há de mau e tudo o que é bom fica), do disco “Igreja Lesbiteriana, um Chamado”.
Albert Pla
Albert Pla canta e toca como que conta histórias para crianças. Acompanhado em palco pelo guitarrista Diogo Cortés, com quem trabalha desde 2001.
A sua música é elevada por um apurado sentido dramático, humor refinado e ironia sem contemplações,
A sua música foi elevada pela sua forte expressividade em palco e capacidade de entreter.
James BKS
James BKS, filho biológico do saxofonista Manu Dibango, trouxe a Sines a sua banda constituída pelos dois cantores principais Anna Kova e Gracy Hopkins, o baixista Black Kamoni, o baterista Guy Nwogang, Elias Israel na guitarra, e a cantora Soanna nos vocais.
Os músicos interagiram com o público de maneira a dar a sensação de inclusão de toda a gente do público. Anna e Gracy conduziram uma coreografia fazendo danças a solo e conectando todos os elementos da banda.
James BKS e os seus artistas deixaram o FMM Sines cheio de boa energia.
Ana Tijoux
O terceiro concerto contou com o regresso de Ana Tijoux ao Castelo, desde a sua última atuação em 2015.
A banda começou por tocar algumas músicas já conhecidas por parte do público de Sines.
A cantora atuou e falou com eficácia e facilidade, resultantes de uma experiência adquirida ao longo da sua carreira musical.
Repetiu várias vezes que o que irá fazer com que haja progresso e se caminhe em direção a uma utopia é o pensamento em “colectivo”.
O espetáculo acabou com “Antifa Dance” , um dos seus últimos projetos, e a música “Somos Sur”.
Steam Down
Steam Down fecharam os concertos no palco do Castelo com uma atuação calma e agradável.
O movimento “nasceu em 2017 a partir do desejo do fundador, saxofonista e cantor Wayne ‘Anhansé’ Francis, de religar-se à comunidade, combater as forças de gentrificação e a ameaça da censura sobre as artes.”
Na sua atuação incorporaram uma sessão de improviso, atividade que acontece todas as semanas no seu clube do Sul de Londres, de onde saíram artistas como Kokoroko, Sons of Kemet e Nubya Garcia, que já tiveram participação no Festival em anos anteriores.