“A cultura da Académica afinal pode encher os jardins da AAC: basta vontade”
Depois de uma pandemia e de dois confinamentos, os Concertos RUC finalmente desconfinaram.
A Rádio Universidade de Coimbra (RUC), a Direção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) e a Secção de Fado (SF/AAC), juntaram forças e devolveram a cultura da casa aos Jardins da Académica, num dia que marcou o regresso da Programação Cultural RUC.
Depois de um ano e meio de eventos maioritariamente virtuais, de eventos cancelados e adiados, a cultura regressou finalmente aos jardins da Académica e o cenário não podia ter sido melhor: casa cheia, bom tempo e muita “sede musical” das pessoas presentes no evento. Durante uma tarde a Académica foi uma só. Num evento organizado por três estruturas da casa (DG/AAC ; Secção de Fado e RUC), a AAC demonstrou que está viva e que a sua cultura tem muito para dar à cidade e à região.
SF/AAC e Mike Vhiles aqueceram os jardins da Académica
A Secção de Fado abriu as hostilidades pouco depois das 19:00 dando lugar ao grupo Mike Vhiles logo a seguir. Como tem sido seu apanágio durante os seus 35 anos de vida a RUC optou por um grupo jovem e que está a dar os seus primeiros passos no mundo da música. Nesse sentido, o grupo conimbricense, constituído por Miguel Vale, Vilaxxx e André Figueiredo foi o nome escolhido pela RUC para animar o final de tarde nos jardins da Académica e cumpriu na íntegra com a missão. A plateia cheia e o ambiente “quente” durante todo o concerto comprovam o sucesso de um evento que juntou o braço político da Académica a duas das suas secções culturais. Quem agradeceu foram as centenas de pessoas que passaram pelos jardins da AAC, um espaço mítico da academia e que tem sido demasiadas vezes esquecido e maltratado pela cidade.
A cultura da Casa enche os jardins
Com o concerto finalizado é tempo de balanços: Os Jardins da Académica devem ser um espaço predileto para mostrar o trabalho das estruturas da casa. Nesse sentido, é crucial aproveitar melhor os jardins e aprofundar as relações entre as secções culturais, Direção Geral, Núcleos e Desportivas. O dia de ontem é o exemplo das vantagens de uma Académica una. Ganha-se qualidade, pluralidade e dimensão. Para isso acontecer basta vontade e claro, a dose certa de organização. Para fechar (e o Jorge Palma que me perdoe) é mesmo caso para dizer: “Ai Académica, Académica. De que é que tu estás à espera?”. Fica a questão.