Estádio Carlos Osório
22.03.2021POR Bruno Costa

Do zero da qualidade ao zero do resultado (A crónica do Oliveirense-Académica)

A Académica empatou sem golos (0-0), na deslocação ao terreno do antepenúltimo, a Oliveirense, num fraco jogo de futebol.

Início prometedor

A Académica entrou no jogo como lhe competia, com trocas de bola rápidas e com desmarcações entre linhas, que permitiam baralhar por completo a defensiva adversária. Sanca, Fabinho e Bruno Teles foram os principais motores do ataque da Briosa nos primeiros minutos do encontro, o jovem camisola 11, emprestado pelo Braga, foi colocando em sentido a defensiva da Oliveirense, com velocidade e técnica, falhando apenas no último passe. Esta supremacia academista durou os primeiros dez minutos, altura em que a equipa da casa começou a entrar no jogo e começou a bloquear Fabinho, Dias e Guima, não permitindo que este tridente do meio-campo pudesse construir os lances ofensivos da Académica.

Em ritmo de passeio

A turma de Oliveira de Azeméis, foi sacudindo a pressão, procurando o contra-ataque para criar perigo junto da baliza de Mika. Os estudantes, certamente com os últimos resultados em mente, foram recuando e permitindo que o adversário fosse criando situações de ataque. O ritmo de jogo era baixo, sendo o ritmo que mais convinha ao adversário, pois como foi possível ver nos primeiros dez minutos, a velocidade imposta pela Académica criou perigo para hostes oliveirenses. Na última jogada da primeira parte, a Académica desperdiçou uma oportunidade clara de golo, num lance que surgiu de um erro de Filipe Gonçalves, o capitão da turma de Raul Oliveira a fazer um passe para o pior sítio e Sanca a arrancar rumo a baliza de Arthur, mas perante o jovem guardião brasileiro o avançado estudantil falhou e atirou por cima da barra, quando tinha João Mário em melhor posição.

Mais do mesmo

Na segunda parte, o jogo manteve-se num ritmo baixo. A Académica nunca foi capaz de aumentar o ritmo, como fez no início do jogo, e a partida foi-se desenrolando como jogadas executadas de forma trapalhona e sem grande sucesso. Rui Borges ainda tentou agitar com a partida, fazendo entrar Mayambela e Rafael Furtado para os lugares de um desinspirado Traquina e de um esforçado Fabinho. Contudo, nem o sul africano, que ainda não convenceu, nem o tanque do Paraná, entraram bem no jogo e a Briosa apenas a espaços conseguia trocar a bola de forma rápida e objetiva. No último quarto de hora, os comandados de Rui Borges conseguiram criar novamente perigo junto da baliza adversaria, uma vez que a Oliveirense, necessitada de pontos, baixou as suas linhas e cerrou fileiras na procura de um ponto precioso na luta pela manutenção. Contudo, só em lances de bola parada a Briosa criava perigo, Silvério, Rafael Vieira e Sanca ainda assustaram, mas o resultado manteve-se até final

Um empate que sabe a pouco e que castiga uma Académica sem ideias e apática e que premeia uma Oliveirense esforçada. A Briosa volta a jogar no próximo domingo de manhã, 11h15m no estádio Cidade de Coimbra, frente ao Vilafranquense, uma partida que contará com a presença dos Relatos RUC e com transmissão em 107.9fm, ruc.pt e na página de Facebook dos Relatos RUC.

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