Académica pode cavar fosso para primeiros e vê Vizela a morder-lhe os calcanhares

O terceiro lugar em disputa

A Briosa entrava para este jogo como terceira classificada com 45 pontos,  manteria esse lugar no final, mas viu o adversário de hoje colar-se na classificação ficando esta a um ponto dos estudantes. O treinador da Briosa, Rui Borges, apostou novamente em Mimito em detrimento de Guima. O técnico premiava assim a boa exibição do médio da AAC na vitória da jornada passada em Penafiel. A Académica entrava motivada por essa vitória e pela possibilidade de colocar o Vizela a sete pontos do terceiro lugar, o último que permite lutar para a subida, sete pontos que na prática seriam oito dada a vantagem em que ficaria sobre o Vizela se as duas equipas estiverem empadas no final do campeonato.

Entrada falhada da Briosa

Mas nenhum destes pontos de motivação funcionou e a Académica começou o jogo apática, sem intensidade contrastando com a atitude do seu adversário que, desde o apito inicial de Luís Godinho, procurou marcar para se aproximar dos lugares de subida. Esta atitude contrastante foi visível no lance do primeiro golo em que uma penetração do ataque do Vizela entre Fabiano e Rafael Vieira, isolou Kiko que fintou Mika e rematou para a baliza deserta, tendo o último toque pertencido ao ponta de lança Cassiano. Aos 7 minutos a Briosa estava a perder e se o cenário já era mau, piorou 6 minutos depois quando um mau passe de Mika na saída de bola, mais um golo oferecido pela defesa academista fruto de erro no inicio do ataque, lançou um contra ataque rápido finalizado por Francis Cann na cara do pouco lesto Silvério. O estádio ficou ainda mais silencioso, a Briosa perdia por 0-2 antes do primeiro quarto de hora. A Académica só então acordou e Sanca, Fabinho, Milito e João Mário apareceram finalmente. Numa jogada conduzida por Fabiano até à entrada da área a bola sobrou para João Mário que fez golo. Seria o 1-2 mas o lance foi, mal, anulado pelo auxiliar, o avançado da AAC não estava em fora de jogo. Mas o golo da Briosa não tardou e aos 30 minutos Fabinho correspondeu ao passe rasteiro de Traquina e à entrada da área bateu Ivo. A Académica continuou a porfiar mas voltou a errar defensivamente aos  43 minutos quando uma má colocação da barreira, num livre aparentemente inofensivo, permitiu o remate colocado de Samu. A Briosa ia para o intervalo a perder por culpa própria dado que a juntar à boa prestação do adversário, há dois erros não provocados que valeram dois golos do Vizela.

Segunda parte nada alterou

No início da segunda parte Traquina isolado falha a possibilidade de marcar e a Briosa foi tentando, mas sem conseguir reduzir. Reduzido, mas a 10 jogadores, devia ter ficado o Vizela se Luís Godinho tivesse mostrado o segundo amarelo a Cassiano na falta que assinalou sobre Ricardo Dias. Até ao final Sanca teve ainda uma oportunidade para marcar mas atirou por cima. Mayambela entrou voluntarioso, mas a nova cor do cabelo não iluminou o seu jogo que foi sempre muito esforçado mas inconsequente. Guima não acrescentou a energia habitual às transições da Briosa e Rafael Furtado, só com 10 minutos em campo, nenhum perigo trouxe para as redes do Vizela. Dani esteve a aquecer até ao fim, mas não foi opção para Rui Borges. Opção do lado do Vizela foi o ex jogador da Académica, Diogo Ribeiro, que fez 6 minutos por troca com Cassiano podendo assim relembrar os tempos em que pisou o Estádio Cidade de Coimbra com a camisola da Briosa vestida.

Vizela cola-se à AAC na tabela

No final do jogo a equipa liderada por Álvaro Pacheco fez a festa, 16 jogos sem perder colocam o Vizela a um ponto do 3º lugar. A Académica volta a perder em Coimbra e fica à espera dos resultados do Feirense em Mafra e do Estoril na receção ao Varzim, para fazer contas ao prejuízo pontual que terá nesta jornada 24.

A Briosa volta a jogar no dia 21, domingo, às 11:15 em Oliveira de Azeméis frente à Oliveirense.